Não basta assaltar, tem que humilhar. É com a frase do título que o meliante com a mão no gatilho zomba da vítima que ganha a vida honestamente e respeita as leis. "Você perdeu, mané; eu ganhei, vou tomar o que quiser e não adianta nada você reclamar", é o que o bandido debochado realmente quer dizer.
Na hora, ainda preocupado em evadir-se do local, ele talvez não dê mais que um sorrisinho sarcástico. Mas depois, tomando a cervejinha com os comparsas, ele relembrará o que fez e rirá gostosamente. É verdade, eu tenho exemplos.
Os marginais invadiram o pequeno sítio em que um amigo mora, já na área urbana. Não pegaram nada além da cerveja e nada fizeram com sua família, queriam apenas despistar a polícia. Haviam roubado um carro estacionado perto dali, o proprietário percebeu e saiu de casa correndo, eles atiraram e o acertaram.
Acontece que o coitado era gordo e, ao cair, ficou com as banhas tremendo compulsivamente por alguns instantes antes de morrer. E os caras acharam aquilo extremamente divertido. Contavam e recontavam a história entre gargalhadas, com um deles se jogando no chão e imitando os tremeliques do mané.
Isso tomando umas brejas em um sítio do interior. Imagine como a alegria e a sensação de que o crime compensa seriam multiplicadas se a quadrilha estivesse degustando vinhos finos num hotel chique de Nova York.
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Falando em bandido, voltamos àquela conta. Se temos centenas de milhares de presos e a maioria está solta, eles e os familiares que com eles concordam são milhões que devem votar como nas cadeias, com quase 90% seguindo a orientação das facções criminosas para apoiar o candidato que já foi preso mais de uma vez.
Só entre esses colegas ele pode ter tirado a diferença que as urnas sem voto auditável lhe deram. Mas ele também conta com um apoio maciço entre os eleitores analfabetos, mais desinformados e manipuláveis, que são calculados em dez milhões. E entre os analfabetos funcionais, que podem ser até mais.
No entanto, entre os que se deram ao trabalho de estudar e não viraram bandidos, a maioria dos votantes está do outro lado e quase toda ela concorda com os protestos contra os inegáveis desmandos e a possível fraude da última eleição.
Assim, até quando certos órgãos de imprensa tentarão esconder essas manifestações ou as tratarão como coisa de minorias golpistas e antidemocráticas? Até quando inverterão a realidade, defendendo a censura e acusando de defendê-la quem pede liberdade de expressão? O que eles estão fazendo é ridículo.
Mas é revelador. Se não se preocupam com quem constitui boa parte de seu público é porque não dependem mais dele para viver. Não diretamente, pois o pessoal é obrigado a pagar impostos e parte desse valor lhes será repassado por quem querem agradar. Acharam outro jeito de assaltar os manés.
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