É oportuno recordar que o Bob Jeff pagou por sua participação no esquema de corrupção institucionalizada liderado pelo conhecido marginal. E, relativamente, pagou até demais. Como delator que arrancou a máscara do partido-quadrilha merecia uma pena menor que a dos outros, mas acabou cumprindo uma das maiores.
Esclarecido isso, a base do problema de ontem não está no que ele fez no passado, mas no que estão fazendo agora aqueles que, ao invés de zelar pelo rigoroso cumprimento da lei, passaram a agir de modo arbitrário, "descondenando" um criminoso sob alegações ridículas, punindo pessoas sem o devido processo legal e restabelecendo a censura no país.
E olha que o "restabelecendo" fica barato. A censura prévia do regime militar era assumida e envolvia um exame da obra antes de seu lançamento. Além de proibirem obras que não viram e não sabem o que contêm, os censores modernos ainda são cínicos o bastante para se disserem defensores do "cala a boca já morreu".
Só os mais idiotas não percebem essa contradição. Mas isso serve ao partido-quadrilha, que é invariavelmente beneficiado pela atual censura e cujo eleitorado fiel é majoritariamente composto por analfabetos funcionais, intelequitoais que se perdem em raciocínios elementares e imbecis similares.
O problema é que, mesmo com aquele quase certo desvio de 10% dos votos que não podem ser auditados, eles ainda precisam conquistar algumas pessoas que conseguem entender o que está acontecendo e estas podem não gostar do que veem, temendo que a censura amanhã se amplie e até se volte contra elas.
Percebendo isso, muitos militantes de redação se dedicaram nos últimos dias a tentar vender a ideia de que a censura de agora é uma exceção que não se repetirá e, caso voltasse ao governo, o partido-quadrilha jamais tentaria censurar alguém.
Quanto ao primeiro ponto, é mentira. Essa não é a primeira vez que a desculpa é utilizada pelos militantes lulopetistas no topo do Judiciário. Lembremos, por exemplo, que as ilegais cotas raciais foram vendidas como uma exceção que não duraria mais que dez anos. A tendência dessa gente seria ampliar as "exceções", não o contrário.
O resto também é mentira. E aqui não se trata de projetar o futuro no vazio, como eles fazem quando dizem que Bolsonaro pretende instaurar uma ditadura, matar os gays e tudo aquilo que ele nem ameaçou tentar em quatro anos de mandato. O partido-quadrilha tem um histórico que o condena.
Quem não acompanhou o que aconteceu e duvidar pode pesquisar. Pode voltar às Confecoms, ao PNDH3, às propostas para os jornais terem suas matérias aprovadas por conselhos de "representante da sociedade" que seriam escolhidos pelo partido. Não falta material, só não conhece essa índole do lulopetismo quem não quer.
Não que hoje eles estejam preocupados em censurar a imprensa como um todo. Sua sanha totalitária agora se volta contra o cidadão comum na internet e os poucos veículos que, como a Jovem Pan, não estão sob seu domínio e fazem sucesso. Isso já é bem visível em artigos que eles publicam por aí (*). Se regressarem, aprofundaram o regresso.
(*) Quem quiser um exemplo pode ler "Intestinos de uma nação", de José Henrique Mariante, atual ombudsman da Foice.
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