A nova moda entre a ínfima minoria esquerdista que não tem a desculpa de sufragar um larápio por analfabetismo parcial ou total é se fazer de conhecedora da realidade e criticar os colegas de bolha que ainda se imaginam como importantes influenciadores da opinião popular.
Foi assim que Mariliz Pereira Jorge criticou a "esquerda cirandeira" em recente artigo na Foice que continha trechos como estes: Recebi um vídeo lindo, produzido pela Companhia das Letras, em apoio a Lula. Escritores abrem livros e formam a letra L com páginas tão bem escritas. Sou fã de muitos deles, mas me perguntei onde, diabos, estão com a cabeça. O zap da tia Neide inundado de fake news e a esquerda faz produção "good vibes". Calma que piora. Essa esquerda cirandeira não enxerga o tamanho da encrenca. Não entende que perdeu capacidade de influenciar o eleitor, não muda um único voto e ainda passa uma postura elitista e arrogante. Se eleição dependesse de famosos, Freixo seria governador e Molon, senador, pelo Rio. Seu Agenor, marceneiro que trocou a minha porta, me mandou vídeos que mostram como o PT vai transformar o país numa ditadura comunista, gayzista, cheia de pedófilos, maconheiros e abortistas. Não sei mais o que dizer, mas por enquanto ele não me bloqueou. E não é só ela. Até o conhecido Sem Sobrenome - a Mariliz só escapou pelo Pereira - pediu licença para Fonfom, o gatinho que se aninha em seu colo logo que ele senta na poltrona, e escreveu que não aguentou ver essa história do L de ladrão, digo, de livro. Ele quer ação, gente na rua, multidões.
A Mariliz também. Tanto que termina seu artigo dizendo:
Vamos acordar. Lugar de artista é onde o povo está. Vão às ruas conversar com as pessoas, batam às portas, sentem-se no bar com desconhecidos e mostrem a tragédia de um segundo mandato de Bolsonaro. Jane Fonda, aos 85 anos, diagnosticada com câncer, continua ativa politicamente. E você, o que tem feito além de ativismo de sofá?
Pô, Mariliz, o cara vai bater na porta, o morador perguntará quem é e ele responderá que é o Chico Buarque? O que você espera que aconteça? Metade da população já nem deve saber quem é o cara. A outra metade vai pensar que é algum golpe e chamará a polícia.
Mas a ideia é boa, seria interessante ver esse pessoal na rua, tentando convencer o povo de que as verdades sobre o ex-presidiário vagabundo são fake news (como vocês, em geral falsamente, dizem). Conte-nos mais sobre seus próprios sucessos, Mariliz. Pode ser com o seu Agenor mesmo.
Estamos aguardando. Enquanto isso, é melhor esquecer a Companhia das Letras e pegar uma apostila do CCAA para fazer um B de book.
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