Sabe aqueles técnicos e torcedores que se viram na hora de seu time bater o pênalti? Pois eu fiquei mais ou menos assim em relação aos debates políticos. Acompanho os principais lances pelos comentários do blog e fico olhando para a arquibancada, tentando saber o que aconteceu pela reação das torcidas.
O normal, nesse jogo, é que ambas cantem vitória. Quando uma se mostra comedida e decreta que foi empate é porque perdeu. E é isso o que vemos hoje nos blogs petistas e no UOL. Até Tia Reinalda, que tenta se destacar pela sabujice mais abjeta, só conseguiu dizer que seu candidato "venceu por pontos".
Entre os torcedores anônimos foi parecido. De passagem, eu cheguei a "ver" uma pequena parte do debate através dos olhos de um petista. Quando ele reclamou com a pessoa ao lado que tudo estava armado para beneficiar Bolsonaro, tive certeza de que não estava exatamente feliz.
Um clima semelhante domina os comentaristas dos esgotos da vida. Eles são poucos, o que é um indicativo em si. E quase todos dizem que o seu amado corrupto foi bem, como esperado. Mas o fazem em tom comedido e lamentam que ele tenha perdido a chance de arrebentar com o adversário.
Do outro lado, o pessoal comemora o massacre. E até um terceira via como o ex-anta Mário Sabino escreve que o Larápio se mostrou muito nervoso enquanto Bolsonaro só patinou um pouco na pandemia. Foi gol, a bola entrou. Mas nada de se recuar ou afrouxar a marcação, pois o jogo continua.
Moro no time
Sérgio Moro participou do debate na qualidade de membro da equipe de Bolsonaro. Está de parabéns por colocar o interesse do país acima da vaidade pessoal. E sua presença foi uma lembrança silenciosa de que do outro lado havia um ex-presidiário que só estava ali devido aos absurdos de militantes por ele instalados em um certo tribunal.
Morte (intelectual) em Veneza
O título da vinheta criada para o Diogo Mainardi nunca se mostrou tão adequado. O sujeito foi imbecil a ponto de imaginar que ninguém apoiaria Bolsonaro dia 7 e milhões sairiam às ruas contra ele dia 12. Agora, do exílio, isolado, derrama seu rancor contra quem não seguiu suas sábias orientações. E Sérgio Moro é o alvo da vez.
Dizem que o Visconti enviadou a história no filme, mas no livro, que não li, o protagonista só admira a vitalidade e a juventude do garotão, sem conotações sexuais. Mais parecido ainda. Quer dizer, se o ex-anta também não virar viado, porque a essas alturas não se pode duvidar de Mais Nada.
Mora em Paris
Falando em decadência e viadagem, a gente lembra da filósofa do kulaico. Também exilada na Europa, em Paris, a mulher destrambelhou de vez e passou a postar as fake news mais primárias que se possa imaginar. Coisas como chamar - a sério! - Bolsonaro de canibal, pedófilo e por aí afora.
A vantagem de gente como ela sobre o Mainardi é que este decaiu e pode decair ainda mais. Para um típico intelectual petista, que já começa lá embaixo, nem faz tanta diferença.
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