sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Espalhem a notícia!

De vez em quando eles saem um pouquinho da bolha e se surpreendem com o quanto são detestados no mundo real. A choradeira da vez é do Moisés Mendes, o nosso MM vermelho que pode ser encontrado nos sabores azedo e alucinado. Hoje está azedo e quase apocalíptico.

A guerra suja chega ao último estágio.

A fake news da mamadeira de piroca está para o mundo das mentiras e das crueldades fascistas como o Monza para o mundo dos carros. A invenção da mamadeira em 2018 é um Monza que só existe hoje como curiosidade e peça de colecionadores.

Como sempre, o lulopetista fala "das" fake news, mas se limita à citar a mamadeira. Por que essa economia? É que ele chama de FN as verdades de que não gosta, mas não as cita porque seria desmoralizado. A mamadeira é da época romântica das fake news. O que vem aí, e será sentido principalmente na última semana da campanha, é a fake news de última geração das milícias digitais. Pelo ritmo, dá para imaginar o cenário com a disseminação de notícias falsas às vésperas da eleição. E as consequências imediatas e as sequelas dos ataques.

O que vem aí é a lembrança de que o partido chefiado pelo ex-presidiário é corrupto, está censurando o país ainda na oposição, tentará repetir aqui o que fizeram os irmãos bolivarianos que ele sustentou com nosso dinheiro etc. Tudo verdade. Não há autoridade com equipamentos, gente, leis e imposição institucional capazes de contê-los. Já estamos no último estágio da distopia bolsonarista. É um ambiente sem similar no mundo, pelas particularidades dos personagens e da estratégia usada. É o modelo verde-amarelo pós-Trump, que pode vir a ser exemplo para o mundo.

Distopia é rasgar a lei para retirar um vagabundo da cadeia e tentar instalá-lo na presidência do país. Mas sigamos.

Quando disse que não iria permitir de novo a propagação de fake news, logo depois do julgamento das ações contra a chapa Bolsonaro-Mourão no TSE, há exatamente um ano, Alexandre de Moraes não imaginava o que o esperava. A chapa foi absolvida pela Justiça Eleitoral, mas ficou a advertência do ministro: desta vez passou, mas na próxima não haverá perdão. Haverá cadeia, alertou Moraes.

De novo: cadê os exemplos? A gente querendo ver aqueles zaps hipnóticos e eles nunca nos mostram um deles. Não há cadeia para tanta gente. Não há como prender. Não há nem verdades suficientes para combater tantas mentiras. Não há escrúpulos capazes de conter a avalanche de afrontas ao que nos sobra de democracia. Não há ameaça de Moraes que amedronte milhões mobilizados na disseminação de fake news. Porque o terror não mais é representado apenas pelo núcleo ao redor de Bolsonaro.

O que MM está dizendo é que os brasileiros decentes e conscientes (milhões deles) farão nas redes o que fizeram nas ruas, disseminando as verdades que o petralha chama de FN. A face aparentemente invisível do terror é o contingente que dá lastro para que Bolsonaro se mantenha e se potencialize como ameaça autoritária. O brasileiro cooptado pelo bolsonarismo é a ameaça. Ele acredita ou finge acreditar em fake news como acredita em Terra plana e como suspeita que o homem não foi à Lua e que as vacinas podem matar.

A bobajada de sempre. Como não pode citar exemplos das terríveis FN, ele mente que o pessoal acredita que a terra é plana e coisas do tipo. A FN é dele. Dizer que o Brasil está doente é transferir para um coletivo aparentemente impalpável o que está ao nosso lado. Nossas mães, pais, tios, tias, filhos, irmãos, sobrinhos são propagadores e consumidores de fake news. Fingimos descobrir só agora que os envolvidos com fake news não são "os outros". A máquina de disseminação é também doméstica e artesanal e ultrapassa em muito a estrutura industrial das milícias.

Sim, MM, vocês precisam contratar bandidos para mentir, mas o apoio ao antipetismo é imenso e espontâneo. Vocês achavam que dominariam as redes com seus MAvs, mas o Brasil decente reagiu e mostrou de que lado está. O massacre final tem pelo menos 10 dias para acontecer. Se as milícias, os empresários que ameaçam empregados e os tios do zap forem derrotados com Bolsonaro, talvez tenhamos alguma punição para os mais fracos.

Está ameaçando, seu fdp? É por isso que vocês não podem voltar. Ainda mais numa eleição com candidato irregular e voto não auditável.

Se vencerem, nem uma dúzia de Alexandres de Moraes será capaz de pegá-los. Nunca mais. O Brasil é refém de quase metade da população que produz, distribuiu e acolhe fake news ou está apta a acolher. Bolsonaro é o laranja de toda essa gente.

Pois é, amigos, aquilo que a maioria de nós começou a fazer aí por 2014, às vezes discutindo sozinho contra um bando de MAVs, hoje é feito por milhões. A soma das iniciativas individuais fez com que os minutemen se tornassem mais fortes que os exércitos regulares. Os coxinhas tiveram algumas baixas, mas o coxinhismo venceu. Somos um exemplo para o mundo (o MM que disse).



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