Só mais sete anos e pouco. Não fui eu quem disse, foram os crentes estudiosos do aquecimento global que, em 2018, garantiram que a humanidade só tinha doze anos para salvar o planeta. E como ninguém fez nada do que eles queriam (muito pelo contrário), o desastre deve ser inevitável.
Claro que eles não falam mais disso. Perceberam que haviam dado um tiro no pé ao definir um prazo que seria cumprido sem que nada acontecesse. Virariam piada num mundo em que cresce o número de pessoas que toma consciência de que "mudanças climáticas" sempre existiram e não se assusta com suas previsões apocalípticas.
Além disso, como naqueles dias em que você sai de casa reclamando do calor e à tarde está reclamando do frio, o tempo virou para os salvadores do planeta. Hoje eles precisam enfrentar os "doomers", que, ao contrário dos descrentes, acreditaram demais e formaram comunidades que ficam espalhando que "tudo vai acabar em 10 anos" ou "nada mais pode ser feito para salvar o planeta".
O doomismo light leva à inércia conformista. Mas também existe o que a BBC chama de "ecofascistas", grupos extremistas da Europa e do EUA que, preparando-se para sobreviver durante a grande crise climática que julgam inevitável, já defendem o bloqueio de fronteiras e a proibição da imigração.
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Pressionados pelo despreocupados de um lado e pelos doidões Mad Max do outro, os doidinhos e/ou malandros do desastre vindouro precisam agora ajustar seu discurso. Assim, na mesma reportagem da BBC, um deles afirma:
"(..) nós precisamos falar tanto sobre o desafio quanto sobre a oportunidade. Sim, nós já estamos vendo perigosos impactos da mudança climática, e ainda permanece o desafio de reverter o perigoso aquecimento planetário adicional. Mas nós temos a oportunidade de criar um mundo melhor para nós mesmos, nossos filhos e netos. É essa a nossa luta".
Com um discurso de sotaque lulopetista, Mercedes Bustamante, professora do Departamento de Ecologia da UnB, diz apenas que "há preocupação da comunidade científica e de instituições sobre a comunicação do tema".
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E vejam que interessante, na tentativa de reanimar os doomers, um dos entrevistados pela matéria da BBC "aponta uma notícia positiva que afirma não ter ganhado destaque suficiente entre o público":
O IPCC, da ONU, sempre propagou a ideia de que a temperatura global continuaria subindo por um período de 30 a 40 anos se interrompêssemos todas as emissões de gases agora. Mas estudos mais recentes (de 2021) mostram que a interrupção imediata do acúmulo de carbono na atmosfera teria efeitos positivos já em um prazo entre 3 e 5 anos. Não é lindo? A central do caos passou décadas dizendo uma coisa. Mas quando viu que seu discurso estava sendo contraprodutivo, encontrou um estudo que diz outra. Uma mudança tão drástica só comprova que as previsões dessa gente são chutes sem credibilidade. O que eles querem é o poder de controlar a vida de quase todos como a OMS esteve perto de conseguir durante o auge da pandemia.
Buscar novas tecnologias e fontes de energia, tudo bem. Mas, afora isso, viva sua vida e não se deixe levar por pesquisas "científicas" que sempre mostram o que interessa a quem as financiou.
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