Eles até ameaçaram repetir a tática das "seis mil motos", mas, com o governo paulista na mão de quem viu a popularidade do Docinho derreter por essas traições, não encontraram quem mandasse a Secretaria de Segurança mentir e logo abandonaram o "estudo" que calculou os manifestantes no último dia 7 em alguns poucos milhares.
Não teve jeito. Além da falta de apoio oficial, um erro tão absurdo levaria a pensar que o mesmo pode estar acontecendo com suas pesquisas. E inúmeros militantes de redação já haviam registrado seu espanto com os "milhões de pessoas" em vídeos que não poderiam ser mais apagados.
Aliás, que espanto!
Eles deviam acreditar que a manipulação do noticiário e das tais pesquisas estava dando certo e haveria no máximo um protesto meio chocho, mas deram de cara com aquela que talvez seja a maior manifestação popular da nossa história. Como disse um petralha, esse tipo de coisa "deprime, deprime muito".
Pois foi assim, deprimida, que a colunista lacroesportiva do UOL, Milly Lacombe, encontrou uma solução para o problema da nossa gloriosa Canarinho, a camiseta da Seleção que eles não conseguem mais usar.
Conformada, Milly reconheceu que não há como reverter a programação que nós instalamos no cérebro primitivo de gente como ela e nada os fará apreciar novamente o amarelo. Logo, a saída seria recordar que a Seleção usava uma camiseta branca até a Copa de 50 e alterar novamente sua cor.
Sua primeira opção foi o verde. Mas aí ela deve ter pensado que uma emenda da cor do Exército sairia pior que o soneto e esqueceu das tintas da bandeira para sugerir que jogássemos de preto. Seria uma homenagem aos negros que foram escravizados e ainda sofrem com o racismo, entende?
Não é mesmo divertido?
Também no UOL, também fingindo falar de futebol, o petralha José Trajano escreve a coluna Um jovem que amava os Beatles e hoje ama o capitão. O "jovem" não tem seu nome citado, mas parece ser o comentarista Márcio Guedes. E Trajano recorda do que eles passaram juntos antes de repetir o que o cara escreveu no último dia 8:
RECORDE HISTÓRICO PELA LIBERDADE
Foi a maior manifestação cívico-política da história do Brasil. Sem tumulto, sem agitação, sem problemas. Milhões nas ruas de pequenas, médias e grandes cidades. O que se viu em Brasília, São Paulo e Rio foi gigante e inédito. Ninguém pediu golpe, apenas críticas justas a um STF ativista e ao ex-presidente ladrão. Mais que bolsonarista, foi manifestação de apoio a um bom governo com ótimos ministros, economia sadia e, principalmente um grito pela liberdade ameaçada.
A mídia do consórcio vai precisar de muito contorcionismo e cinismo para esconder as gigantescas multidões ou inventar ato antidemocrático. Vai omitir, manipular, distorcer. E é difícil entender como as pesquisas eleitorais vão continuar justificando a liderança de Lula. O líder se esconde nas redações, nas pesquisas suspeitas, nas cortes de justiça e sindicatos e universidades aparelhados. E, agora, José?
Indignado pelo fato de um colega de que chegou a gostar no passado ter jogado a verdade na sua cara, Trajano não se conteve:
Assim, meu querido, desejo comunicá-lo que você acaba oficialmente de jogar a sua história no lixo. E que tem o total desprezo por parte de seus antigos companheiros. E mais: sempre achei você meio burrinho, agora tenho certeza!
Sentiram. É divertido demais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário