quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Desperate kidnappers

Como dizíamos ontem, o povo joga. E sua reentrada em campo, aos milhões e milhões, em multidões de carne e osso que ninguém pode fingir ter, deixou em desespero aquela minoria que conta com suas falsas pesquisas e outros meios virtuais para tentar impedir a completa libertação do país que no passado sequestrou.

Claro, claro, hoje os sequestradores já começarão a dizer que não foi tanto assim e o que conta são os números que eles levantaram e que, ressalvadas as breves exceções que confirmam a regra, ninguém encontra na padaria, na pizzaria, no estádio de futebol, na festa do peão ou em lugar algum do mundo real.

Alguns deles chegarão a afirmar que a gigantesca manifestação popular teria aumentado o tal antibolsonarismo. O discurso é antigo, ontem nós também lembrávamos que eles garantiram que "o povo" detestava o presidente e só estava esperando o final da pandemia para mostrar sua vontade explosivamente nas ruas.

A relação entre ojeriza e manifestação pública é correta, as pessoas se manifestam muito mais facilmente contra algo do que a favor de algo. Os que saíram agora às ruas têm infinitamente mais horror do lulopetismo do que amor a Bolsonaro.

Mas onde estão os que o detestam? Eles deveriam reunir pelo menos metade do que vemos do outro lado. Ou um terço, ou um décimo. Mas nunca reuniram e não reunirão porque são uma ínfima minoria que não existe fora dos comentários raivosos das redes sociais repletas de robôs e de militantes contratados.

Outra desculpa é que os apoiadores do ex-presidiário só são numerosos entre os pobres tão pobres que não conseguem nem pagar a condução para chegar a um local de protesto. Isso contradiz suas próprias pesquisas, nas quais o corrupto está próximo do presidente nas faixas mais elevadas, mas o problema é outro.

Se Maomé não vai à montanha, o candidato vai ao seu eleitor. Caso tivesse mesmo esse apoio localizado, o condenado por nove juízes o utilizaria visitando regiões periféricas onde o povão demonstraria todo o amor que sente por ele. Porém ele foge da favela como do saguão do aeroporto.

Ele sabe que é uma fraude, que as pesquisas que o colocam na frente são falsas e que só pode vencer uma eleição se esta for também fraudada. No fundo, todos os que auxiliam sua tentativa de completar o sequestro do país sabem. E o que os apavora é que o sequestrado reaja como mostrou mais uma vez que pode fazer.

Naturalmente, eu não sei o que o presidente fará se eles levarem seu golpe até o final e roubarem a eleição. Mas suponhamos que isso aconteça e ele utilize o artigo 142 para por um fim às irregularidades, afastando os que as geraram no supremo, anulando a absurda descondenação do meliante e marcando eleições limpas com voto auditável.

Alguns poucos resmungariam no exterior, mas tudo acabaria com a nova eleição. No Brasil, como mais uma vez se comprovou, o povo e as Forças Armadas estão do mesmo lado. As polícias também. O agro e a imensa maioria do país produtivo idem. Se houvessem manifestações elas seriam a favor da atitude.

Aos contrários restaria assistir os fatos como ontem, impotentes (brocháveis, para quem preferir), sem nada poder fazer além de gritar histericamente nas redes e TVs. Eles vão tentar disfarçar, faz parte. Mas é isso que realmente os desespera.


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