segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Precisamos conversar...

Com os evangélicos não precisa mais. Frente aos militantes levados de ônibus em troca de lanche, vestido de preto, caminhando nervosamente de um lado para o outro, em tom iracundo, com a voz rouca e desagradável de sempre, a face crispada, o condenado nas três instâncias técnicas finalmente deu seu recado.

Segundo ele, os evangélicos devem abandonar os pilantras que são seus pastores e seguir sua sugestão de piedade, trancando-se no quarto por algumas horas e falando com Deus diretamente. Resta agora esperar que os milhares de pastores respondam a seus ataques para saber a quem os fieis darão razão.

Sobrou até para os católicos. Inspirado pela perseguição que o companheiro Ortega move aos padres que afrontam sua ditadura na Nicarágua, ele os incluiu no balaio. Afinal, onde já se viu reclamar de censura, prisões arbitrárias e tudo quanto caracteriza os governos dos amiguinhos do Foro de São Paulo?

Precisamos falar com o Datafolha

Há mais de dois anos, o instituto encontrou 31% de evangélicos entre a população brasileira e constatou que eles cresciam a taxa de 1% ao ano. Hoje, portanto, deveríamos ter cerca de um terço de evangélicos. Pelo menos isso, pois outros levantamentos estimam que eles já se aproximam de 40% do total.

Pois ontem, por acaso, eu vi que as atuais pesquisas eleitorais do mesmo Datafolha só entrevistam 25% de evangélicos. Onde estão os demais? Qual pesquisa está errada, a anterior ou a atual? Não é preciso se trancar horas no quarto para intuir.

Precisamos falar com quem entende

O nome não importa, basta dizer que o autor das frases abaixo teve uma sólida carreira na Receita e ainda dá palestras e cursos para quem pretende seguir seus passos.

Código-fonte é chato de testar ou auditar. São necessários testes unitários para cada coisinha e testes integrados para ver como essas coisinhas funcionam em conjunto. Depois é preciso ter hipóteses sobre possíveis formas de fraudar e criar testes para elas. Um bit, um só bit pode desencadear um processo ligeiramente diferente, que normalmente passaria desapercebido. Essa "pequena diferença" pode desencadear outro processo em outro módulo. Como disse, é chato e trabalhoso auditar.

No dia a dia vemos isso na tal "emissão da meia nota fiscal". Na teoria, isso é ilegal e nenhum sistema ERP ou frente de caixa deveria permitir. Na prática, existem formas de fazer isso que passam batido em tudo quanto é fiscalização da receita federal que homologa esses sistemas.

Um ótimo exemplo. Uma prova real de que, por mais que o investiguem, os técnicos da área não conseguem evitar a malandragem DE QUEM PROGRAMA O SISTEMA. Mas os que nada entendem acham que basta "certificar" parte dele ou deixar que um membro da OAB e um professor observem-no de fora para garantir sua confiabilidade. E não há quem os convença do contrário, a ignorância orgulhosa é invencível.

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