E agora, em quem confiar? Num momento em que há pesquisas para tudo, Mônica Bergamo diz que uma delas mostrou que o brasileiro é um dos povos que menos confia nas suas Forças Armadas. Por outro lado, uma recente pesquisa da Universidade de Oxford indicou que o jovem brasileiro pensa em seguir a carreira militar.
Metade deles - 50,5% dos homens e 49,5% das mulheres - considera essa possibilidade. Não se trata exatamente de uma vocação, mas da perspectiva de obter um emprego acessível a quase todos, com salário garantido e benefícios para a vida inteira.
A tendência teria crescido quando o fecha-tudo da pandemia castigou quem não tem essas seguranças. Mas é claro que ela também é influenciada pelo fato do Brasil não viver envolvido em guerras. Nos EUA, onde o risco de um militar morrer numa delas é muito mais próximo, o entusiasmo com a carreira gira em torno de 14%.
E pode estar aí a explicação para a aparente contradição entre as pesquisas. Sem conhecer a citada pela Mônica, mas conhecendo os truques de jornalistas como ela, eu aposto que a pergunta sobre a confiabilidade envolvia o desempenho das Forças Armadas de cada país no seu mister específico, num conflito de verdade.
Nesse caso, é bastante natural que se tenha dúvidas sobre o que não é testado na prática há tanto tempo. Em outros assuntos, no entanto, o interesse de tantos jovens (e de seus familiares, na maioria dos casos) reafirma que as nossas Forças Armadas continuam a ostentar uma invejável credibilidade.
Empresários
Na outra ponta, sem correr risco de vida em virtude de sua carreira, mas sem as garantias de um emprego estável, estão os empresários. E a mesma Foice mancheteia que "82% dos empresários apoiam totalmente a democracia no Brasil, diz pesquisa".
Quem não seria a favor? O surpreendente é que 18% não o sejam. A questão é se os caras entendem democracia como sinônimo de oposição ao governo Bolsonaro e defesa das atrocidades cometidas pelos militantes lulopetistas instalados nos tribunais. Parece que não. Vejam por exemplo o seguinte trecho:
Apesar de a maioria dos entrevistados preferir a democracia (...) Perguntados se em uma situação de crise seria justificável que o Presidente da República fechasse o Congresso e governasse sozinho, 55% afirmam discordar totalmente da atitude. Já 32% dizem concordar parcialmente ou totalmente com a atitude. Mais interessante ainda é que, ao definir qual meta deveria ser prioritária nos próximos anos, o pessoal deixou o combate à inflação em segundo lugar (30%) e cravou a proteção à liberdade de expressão (33,8%).
Como todos sabemos, o ataque à liberdade de expressão é uma antiga tara do lulopetismo e seria retomado com vigor caso se concluísse o golpe iniciado com a descondenação irregular de seu líder. Assim, o conjunto de respostas fala por si.
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