segunda-feira, 11 de julho de 2022

Tiroteio sem fim

Poucos defensores do lulopetismo na imprensa devem ter perdido tanto nos últimos anos como o militante Sakanamoto, que viu os milhões antes colocados pelo governo em sua ONG sumirem repentinamente. E poucos tentam como ele culpar o presidente por tudo, agora por uma briga que acabou em tiroteio e morte.

Um destes é o neopetista Tia Reinalda, que deve ter lá seus motivos para a transição e, como seu coleguinha de UOL, procura se aproveitar do trágico acontecimento para defender a tese de que seria um imperativo votar no maravilhoso "apedeuta" (como chamava aquele que agora o encanta).

Escapa às duas criaturas a diferença essencial entre regra e exceção. Se coisas como o discurso de "metralhar a petralhada" tivessem mesmo o condão de produzir mortes reais, teríamos hoje, quase quatro anos depois, quantas delas? Milhões, milhares, pelo menos centenas? Uma, vamos convir, torna difícil estabelecer essa relação.

Existe, é evidente, um clima geral de confronto que pode eventualmente se associar a uma antipatia pessoal e desaguar num episódio violento. Mas o maior responsável por ele é justamente o lulopetismo, basta ler o que seus militantes nas redações escrevem desde 2018 e verificar se existe algo parecido do outro lado.

É um tiroteio verbal constante. E não apenas verbal, não são só palavras. A violência lulopetista também se manifesta em atos apoiados por seus militantes da imprensa, mas cometidos pelos instalados em outros setores.

Estão aí as prisões por delito de opinião, a absurda "descondenação" do criminoso que passou a candidato, o esforço para burlar a lei que tornaria o voto auditável e as pesquisas que não encontram amparo naquilo que se vê na vida diária ou quando os dois lados realizam manifestações populares.

Tudo indica que o lulopetismo prepara uma gigantesca fraude eleitoral. Se terá coragem de levá-la até o final ninguém sabe, mas a simples existência da ameaça é uma agressão maior do que qualquer palavrão.

Mas voltemos aos casos de violência física para perguntar: Algum dos citados comentou o apoio explícito do ex-detento a quem quase assassinou alguém que protestava contra ele? Se o fez, foi passando o pano. Como passam quando não se trata de uma briga entre dois "torcedores", mas da tentativa de assassinato do então candidato Bolsonaro por outro militante esquerdista.

Outra pergunta: Titia e Sakanamoto estariam escrevendo o que escrevem se quem morresse no tiroteio fosse apenas o bolsonarista? Pode apostar que não. Talvez estivessem até dizendo que as balas eram de festim e tudo foi uma armação. Como dizem até hoje do Adélio.


A imagem acima mostra o momento em que os petistas apedrejam o carro do bolsonarista antes dele voltar e atirar num deles. Naturalmente, Tia Reinalda e Sakanamoto não mencionaram essa parte da história.


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