A carta puxada por banqueiros defensores do ex-detento é importante? Pergunte a quem está de acordo com seu conteúdo. De veteranos como Ricardo Kotscho a contratações recentes como a transpolítica Tia Reinalda, o time vermelho se mostra maravilhado com as mais de 500 mil assinaturas que ela teria recebido.
"Teria" porque manifestos virtuais podem ser inflados por robôs e os lulopetistas têm, como sempre, investido bastante nessa área. Mas não é esse ponto, principalmente porque o outro lado também pode fazer isso e o que nos interessa é a comparação com o manifesto contrário, lançado dois dias depois.
Que manifesto? É a pergunta que você faria caso dependesse da imprensa em que militam figuras como as acima mencionadas. Embora com metade do tempo no ar, ele já tem mais signatários que a cartinha dos banqueiros saudosos. Mas se não fossem as redes sociais você não saberia de sua existência.
Parece coisa da Coreia do Norte, onde a ditadura esquerdista só mostra a parte do jogo em que a seleção nacional faz gol e comentaristas ao estilo Kotscho e Titia comemoram a vitória de 1x0 que na verdade foi uma derrota de 5x1.
Dá para levar a sério o que essa gente publica? Dá para acreditar nas pesquisas de seus institutos? E nas "notícias" que se baseiam apenas nos resultados dessas pesquisas? Ou naquelas que citam "fontes" secretas?
Modéstia à parte, até aqui nesta pequena trincheira contra os que querem nos transformar na Coreia do Norte (ou Cuba, ou Venezuela, tanto faz), nós temos fontes mais confiáveis que as deles. Temos mais gente que sente o pulso das ruas. E temos muito mais honestidade, não dá nem para comparar.
Sob o domínio dos vermes
O título do tópico poderia se referir à imprensa tomada por Kotschos e Tias, mas, na mente da nossa Elaine Bruma, se refere ao Brasil controlado pelos monstros ressentidos - eles adogam a palavra. Vejam como a moça descreve nossa situação para leitores estrangeiros:
Na campanha eleitoral de 2018, no Brasil, os ressentidos deixaram seus casulos para uma metamorfose às avessas. Orgulhosos de sua essência, batiam em pessoas LGBTQIA+ nas ruas que vissem andando de mãos dadas, gritavam para os pretos "voltarem para as senzalas", juravam varrer os indígenas da Amazônia, destruíam casas de religião afro-brasileiras.
Era a vingança dos ressentidos que acumularam seu rancor por décadas diante dos avanços dos direitos e daquilo que chamam de "prisão do politicamente correto". Sua ação foi decisiva para eleger seu porta-voz, o então candidato Jair Bolsonaro, que comemorou a vitória prometendo despachar os opositores para a "Ponta da Praia", local de desova de corpos torturados e mortos pela ditadura militar (1964-1985). A campanha eleitoral de 2022, em que Bolsonaro busca a reeleição, é muito pior.
Tem como levar a sério? Como tentar explicar? Se você achar que consegue é só pegar o barco das seis e se dirigir à gigantesca floresta cuja diminuição Elaine quer impedir morando em sua borda. É mais ou menos como ir viver na praia para acabar com a poluição dos oceanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário