"No momento crítico, vamos precisar da política e de todas as instituições, empresas, igrejas, sindicatos. E vai ter que ter povo na rua", segue ela. "Muita gente subdimensiona a gravidade. Nós estamos apavorados. Eu não sou militante, sou professora, mas a situação me obriga a fazer algo."
O trecho acima é parte da matéria "Grupos traçam reação a golpe eleitoral de Bolsonaro e cobram adesões", publicada recentemente pela Foice, que, naquele estilo inconfundível, não se envergonha de dizer que o movimento conta com centenas de entidades, mas a maioria pediu para permanecer anônima.
Bem, cabe à vanguarda mostrar o caminho. Se elas são centenas e considerando que cada uma deve contar com pelos menos umas vinte professoras não militantes, as entidades não deveriam ter problemas para fazer um primeiro protesto com, digamos, umas cinco ou seis mil pessoas na Paulista.
Mas não farão nada. A conversa é a mesma do tempo dos panelaços com caixa de som na janela, quando as Foices da vida diziam que o povo só esperava o fim do confinamento para pedir o impeachment do presidente nas ruas. Ou daquele outro tempo em que um Mainardi fantasiava que ninguém apoiaria Bolsonaro no 7 de Setembro, mas milhões consagrariam a terceira via na semana seguinte.
A união de malandros e rancorosos que constitui o grosso das vozes da atual oposição já sabe que o único povo com que pode contar é o gado manipulável a ponto de acreditar em seu discurso, incapaz de raciocinar por conta própria e sem iniciativa suficiente para tomar uma condução e participar de um protesto.
Povo na rua só o de verde e amarelo, as multidões que derrubaram a jumenta poucos anos atrás e continuarão a combater o lulopetismo enquanto for necessário. Este nós sabemos que existe no mundo real, físico como o voto impresso que poderia ser auditado. Aquele voto do qual a turma do povo virtual tem tanto pavor. Por que será?
Chegamos ao UOL
Foi na coluna do José Luiz Portela, o colunista que acabará dizendo que acertou porque chuta uma para cada lado. Desta vez ele listou alguns dos inúmeros "equívocos" do STF, entre eles um especialmente escandaloso, que nós cansamos de lembrar por aqui, mas nunca havíamos visto na chamada grande imprensa:
11- Por que Lewandowski interpretou um E na Constituição como OU, no caso dos direitos políticos de Dilma Rousseff?
Pois é. Será que agora que saiu no UOL, os defensores da infalibilidade dos ministros do STF começarão a perceber que é perfeitamente possível identificar e criticar os absurdos por eles cometidos a partir de raciocínios simples, acessíveis a todos?
Como não sabemos, vamos deixar isso de lado e encerrar à la Romulus, lamentando que o Portela não tenha admitido que se informa no The Club 22.
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