Rapinagem institucionalizada, 3% sobre cada pagamento do governo, Mensalão, Petrolão, centenas de bilhões, milhões para jornalistas amigos? Nada disso, os "casos de corrupção de Bolsonaro" são tantos e tão horrorosos que alguns só os mencionam desse modo, no plural, sem se preocupar em detalhá-los.
Isso já ocorria com os "atos contra a democracia". Você perguntava que atos eram esses, o que eles teriam de tão grave para que fossem punidos com medidas ilegais e arbitrárias (atos contra a democracia sem aspas), mas ninguém os listava. Quando muito, diziam que os indicados pelo petismo para o STF deviam conhecê-los.
E assim foi até que a mais vaidosa dessas sábias autoridades se deu ao trabalho de listá-las no Twitter. Eram seis ao total e já foram objeto de um post por aqui. Um, particularmente horrível, era alguém ter dito que Bolsonaro teria pensado em mandar aviões voarem baixo para quebrar vidraças do tribunal em questão.
Você antes poderia pensar que descobrir pensamentos e puni-los era coisa de ficção científica. Ou que um juiz só deve (ou não) fazer acusações para valer, jamais para lacrar em rede social. Mas lembre que estamos falando de autoridades instaladas pelo petismo, o único com direito de defini-las. O que elas disserem deve ser aceito como o gado acata as ordens do vaqueiro contratado pelo fazendeiro, sem questionamentos.
Mas estou divagando, o tema é a corrupção de Bolsonaro e o ponto é que o jornal O Globo, um dos mais ferrenhos inimigos do presidente, seguiu o exemplo do tuiteiro e listou todos os "casos suspeitos de corrupção" em seu governo. Pronto para sentir saudades da era petista? Aí vão os casos:
Incra
Um ex-superintendente do instituto no Maranhão confessou à PF que, no início dos três meses em que ocupou o cargo, um lobista o procurou dizendo que o Incra construía muitas casas e pedindo que o contrato para as próximas lhe fosse dado em troca de uma comissão de 10%. O sujeito proporia isso se Bolsonaro não fosse corrupto?
Covaxin
Se dizia que era preciso comprar a vacina que tivesse, mas os mocinhos da CPI acharam que uma indiana já era demais e provaram que, caso o negócio fosse concluído (não foi), o representante brasileiro receberia comissão e poderia dar parte dela para quem lhe apresentou o cliente. Bolsonaro só não foi condenado porque isso é normal em qualquer operação comercial.
Obras da Saúde no Rio
Usando a pandemia como desculpa, a seção carioca do Ministério da Saúde quis gastar quase R$ 30 milhões sem licitação para reformar alguns prédios. A AGU não autorizou os repasses, mas sua fiscalização não tem nada a ver com Bolsonaro, que deve ter armado tudo para beneficiar os milicianos de seu condomínio. Ministério da Educação
"Ao menos três prefeitos" relataram que dois pastores pediram propina para auxiliar na liberação de recursos para as suas cidades. O ministro alegou que não é responsável por tentativas de levar algum em cidadezinhas na ponta do processo, ainda mais porque nenhum centavo foi gasto. Mas... Bolsonaro, pastores... você sabe.
Ministério do Meio Ambiente
Funcionários do ministério e do Ibama foram acusados de favorecer empresas que atuam no contrabando de madeira. Pouco depois, o presidente do Ibama e o ministro acabaram saindo. Os envolvidos negam tudo, mas é evidente que isso faz parte do plano de Bolsonaro para destruir o planeta e ficar rico com o Trump.
Então, aí está.
Finalmente conhecemos os pavorosos casos de suspeita de corrupção deste governo. Guarde este post e, sempre que um bolsonarista vier com a fake news de que não tem corrupção na gestão do genocida, esfregue-o na cara do sujeito. Onde já viu compará-lo com o nosso honesto molusco? Um muuuu pra você também.
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