Pois não é que agora temos até um técnico de futebol politicamente correto, daqueles que atribui o racismo (estrutural, imagino) ao atual presidente e coisas do tipo? E não é um desses estrangeiros modernos que baixou aqui nos últimos tempos, mas Roger Machado, que saiu do Grêmio e para lá voltou.
Quero ver como isso vai ficar. O Rio Grande do Sul é um dos estados onde Bolsonaro é mais popular. Se um das duas grandes torcidas pode ser chamada genericamente de racista, a pecha fica melhor na do Grêmio, que, nos bons tempos em que isto era levado na flauta, chamava os colorados de macacos.
O Roger que se entenda com a sua torcida, o que ele está falando certamente não atinge o time cujo símbolo é um pobre afrodescendente com necessidades especiais (não sei como se diz "perneta" no linguajar politicamente correto). Repetindo, quero ver como isso vai ficar.
Meu palpite é que não vai acontecer nada por enquanto. Mas quando o time não estiver tão bem, como sempre acontece em algum momento, o torcedor típico não terá muita paciência com o malandro petista. Que sairá dizendo que foi vítima do racismo estrutural e do fascismo bolsonarista, é óbvio.
Lógica de macaco
Um técnico de futebol pode dizer a besteira que bem entender e ofender quem quiser. Mas de um ministro do STF seria normal esperar um compromisso com a lógica e um mínimo de respeito à inteligência do cidadão. Seria, já foi. Hoje, com a pior composição que o tribunal já deve ter tido, é muito diferente.
Desta vez foi o amiguinho do MST, Fachin, que, falando por aí do sistema de votação preferido no Butão, soltou a desculpa que se tornou comum por lá:
Ao contrário do que se alardeia na selva das narrativas falsas, no terreno sujo da fabulação, a inexistência de fraudes é um dado observável, facilmente constatável pela aplicação dos procedimentos de conferência já previstos em lei.
Que selva de narrativa, chimpanzé? A inexistência de registros de fraudes pode até se dever ao fato delas não existirem. Mas pode também ser apenas uma decorrência de não haver como auditar o resultado oferecido graças aos "procedimentos de conferência previstos em lei" (a lei que vocês forçaram, não a original, que previa voto impresso).
Esses caras não podem ser tão idiotas. O fato deles se apegarem a esse argumento sem pé nem cabeça só indica que não existe um melhor. E não existe mesmo. Sem a impressão do voto, o resultado da urna sempre poderá ser fraudado por quem a programou.
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