terça-feira, 12 de abril de 2022

Ao gosto do freguês

Foi só ontem à noite, através de um vídeo da JP, que eu olhei com mais vagar a tal Brazil Conference, organizada em Boston por estudantes brasileiros e provavelmente patrocinada pelo banqueiro Lemann, que lá esteve com sua pupila Tabata, jornalistas como a Cantanhêde, políticos da terceira via e dois ministros do STF.

Um destes ganhou a boquinha em troca da receita de polenta da mãe. Mas ele só a repassou, a sábia senhora nunca permitiu que ele preparasse a polenta para as visitas porque, ao chegar na parte em que o papelzinho mandava colocar sal e farinha, ele entendia que era para colocar sal ou farinha.

O outro só poderia ser o lacrador tuiteiro, o pupilo espiritual de João de Deus que obteve seu cargo em troca dos bons serviços prestados à esquerda nativa na defesa do casamento entre pessoas do mesmo sexo (que também não estava no papelzinho) e do terrorista Cesare Battisti, o assassino de crianças a quem chamava de amigo.

As cenas são dantescas. Numa delas, falando daquele seu jeitinho, a Tatibitabata quase exigiu que as redes sociais fossem caladas durante a eleição ao perguntar o que Barroso faria para evitar as fake news "deles". E o sujeito respondeu no mesmo tom, dizendo que "nós" temos a força do bem.

Mas a questão não é a parcialidade dessa gente. Embora esta seja absurda, o que chama mais atenção é a fragilidade de seu raciocínio. E um bom exemplo disso foi o discurso do da polenta a respeito da pandemia.

Para começar ele disse que o STF tornou a vacina obrigatória, o que é mentira. Dando um desconto, talvez ele tenha tentado dizer que foi o STF que obrigou o governo a comprar vacina. O que também é mentira, mas combina com a sua orgulhosa defesa da decisão que permitiu a estados e municípios combaterem a doença como lhes aprouvesse.

Hoje está bastante claro que, como não era tão difícil prever, aqueles fechamentos excessivos trouxeram muito mais problemas do que resolveram. Mas o pior não é o que o da polenta acredite no contrário, é que ele culpe o governo Bolsonaro pelas mortes da pandemia.

Como a gente sempre disse e o Augusto Nunes comentou ontem, as coisas não combinam; você não pode, ensinaria a mãe do ministro, colocar duas polentas ao mesmo tempo na forma de uma. Desde que foram autorizados a fazer o que bem entendessem, os estados e municípios, que já gerenciam as questões de saúde de acordo com o padrão do SUS, se tornaram responsáveis pelos resultados obtidos.

Aceita-se que uma contradição dessas não seja percebida por um militante vulgar cuja mente foi lavada pela mídia que insufla o ódio irracional ao atual presidente. Mas um ministro do STF se complicando com receitas tão simples?!

Mas é assim que este é, esta não é a primeira nem a segunda vez em que ele faz algo do tipo. Não pense, no entanto, que o seu restaurante perdeu algum freguês com esses erros. Pelo contrário, aqueles a quem ele atende gostam dele justamente por isso.

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