Alguns a consideram viável, outros exatamente o oposto, mas a minha teoria da conspiração eleitoral é que o criminoso triplamente condenado oficializará a parceria com Geraldo Alckmin e pouco depois "adoecerá", saindo de cena e deixando uma chapa com o Chuchu de titular e o Kitgay de vice.
A vantagem disso, para eles, está no que disse ontem Joaquim Barbosa: o ex-presidiário será tão violentamente atacado durante a campanha que acabará derrotado. Barbosa mencionou os vídeos das delações da Lava Jato, mas já estão aí os outdoors e os alvos com a cara do sujeito em clubes de tiro. E isso só vai aumentar.
A simples presença do Nine na eleição é um acinte, pois a lei foi rasgada para que ele fosse "descondenado" por aqueles que colocou no STF. As pesquisas que lhe dão vantagem parecem tão falsas como as da eleição passada. E suspeita-se que a luta contra o voto auditável tenha como objetivo fraudar a eleição e lhe dar a vitória.
Se depois de tudo ele aparecer vitorioso, a reação pode vir. Todos sabem o tamanho e a determinação do antipetismo. Esse grupo engloba quase todas as pessoas armadas do país, inclusive PMs e militares que não bateriam continência para ladrão. Tudo poderia acontecer. Mesmo que ele assumisse, teria um governo conturbado pela frente.
Mas isso muda totalmente se você retirá-lo da jogada. O Chuchu é tão amorfo que não dá nem pra fazer outdoor agressivo contra ele. O Kit também. Mesmo com suspeitas de fraude, se eles viessem a vencer a eleição não haveria o mesmo ânimo para contestá-la.
E eles poderiam vencer. É óbvio que Alckmin sozinho disputaria com Doria a quinta posição, mas apenas os votos transferidos pelo larápio são suficientes para levar a chapa ao segundo turno. E na disputa final ele não seria mais o Chuchu, mas o anti-Bolsonaro, a única opção contra o atual presidente.
O esquerdista convicto reclamaria, talvez anulasse o voto no primeiro turno. Mas votaria contra Bolsonaro no segundo como um direitista votaria na Marina (com a Bia Kicis de vice) para derrotar o Brahma. A maioria dos eleitores de Ciro votaria. Muitos de Moro e Dória também. A chapa é viável, é forte.
Se há um plano desses em andamento, quem o comanda deve estar no STF. Sem contar o poder dos ministros sobre o processo eleitoral, os julgamentos do Molusco deixaram pontos em aberto que poderiam ser rapidamente retomados caso ele decidisse não cumprir sua parte no acordo.
Quem lideraria tudo lá? Gente como Fachin e Cármen não parece ter a inteligência necessária nem capacidade de mobilizar os demais. Moraes e Barroso estão muito expostos e talvez não sejam tão articuladores. Meu palpite é quem anda quieto demais nos últimos tempos, Gigi, Gilmar Mendes.
E acho que por trás dele há alguém puxando todos os cordões.
FHC.
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