terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Um rasgo de sinceridade

Parte importante na manutenção dos vários esquerdismos consiste em estimular a vaidade de seus adeptos convencendo-os de que possuem uma chave que os comuns desconhecem, têm acesso a conhecimentos superiores, são mais inteligentes do que aqueles que não fazem parte da seita.

Evidentemente, existem esquerdistas inteligentes. Mas, como norma, não é o que se vê por aqui. E eu me arrisco a dizer que a situação foi se deteriorando nas últimas décadas, quando eles, dominando o jornalismo e boa parte das humanas com suas igrejinhas, se desacostumaram a enfrentar adversários de verdade.

Daí surgem "intelectuais" como a moça que recentemente chamou Edmundo de racista por dizer que Lukaku tem mais força que técnica. E os exemplos poderiam ser multiplicados, pois raciocínios similares, que desclassificariam qualquer candidato a estagiário num teste lógico preliminar, são comuns entre a turma.

É evidente que eles negam tudo, até porque não percebem o que fazem. Em virtude disso, não podemos deixar de destacar a raridade que foi o comentário do atual ombudsman da Foice, referência maior quando se trata de esquerdismo e lacração em nosso país. Escreveu José Mariante:

PRÊMIO IG NOBEL

Silêncio estratégico é uma prática para evitar a disseminação de fake news. Viu algo que não presta? Simplesmente não repasse. A Folha perdeu tal oportunidade na semana passada. Ricardo Salles foi um dos tantos bolsonaristas a defender o Nobel da Paz para um Bolsonaro que só fez posar ao lado de Vladimir Putin. A história era tão absurda que o próprio ex-ministro se viu obrigado a ir a público dizer que era uma brincadeira — no caso, eufemismo para fake news. Antes disso, porém, a Folha publicou-a como fato. Depois, é claro, mudou título e texto para dizer que era mentira. Silêncio constrangedor.

Claro, o comentário ainda é desonesto em vários aspectos. Para começar, o Zé admite que, ao contrário do que alguns do seu time tentaram emplacar, o Salles foi apenas um a postar os tais memes. Só que ele não "defendeu" Nobel algum, os idiotas é que imaginaram que aquilo era a sério.

E "a história era tão absurda que..." Bem, que qualquer pessoa normal a viu como piada e foi como tal que ela circulou pelas redes. Obviamente, isso não inclui os imbecis que em outro momento queriam dar o Nobel para o bandido condenado - a sério! - e devem ter imaginado que todos são como eles.

Continuando, o Zé esquece que acabou de admitir que o Salles foi um entre vários para tentar livrar de novo a cara dos coleguinhas. Não, Zé, ele explicou como outros. E provavelmente o fez porque algum debiloide lhe perguntou, não porque "se viu obrigado" a nada (ou agora temos a obrigação de ensinar vocês?).

O mais interessante é o Zé chamar brincadeira (meme) de "eufemismo para fake news". Vai ver que antigamente a gente contava fake news do português e do papagaio. Ou não, pois, como ele usa a expressão "no caso", existe a possibilidade de aquilo fosse piada e só as de agora sejam efn (eufemismos para fake news).

Porém, nessa hipótese, como se diferencia um do outro? O Zé não explicou, mas eu desconfio que a regra que ele tem na cabeça é: se nós pascácios de esquerda entendermos a piada é piada, caso contrário é efn. Em outras palavras: a parvoíce do esquerdista brasileiro é a medida de todas as fake news.

Mas está bom, não vamos exigir demais. O texto do Zé valeria só pela informação final de que a Foice tentou disfarçar o mico apagando a reportagem original e colocando outra em seu lugar. Ah, se fosse sempre assim.


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