Chamou de ultradireitista e fingiu não saber que ele esteve na Bahia antes do governador para criticar suas férias na praia enquanto as pessoas sofriam por lá. Mas teve aquele mínimo de dignidade para reconhecer que sua hospitalização é uma das sequelas da "puñalada" de quase quatro anos atrás.
Me refiro à atual representante do El País no Brasil, que pelo nome deve ser espanhola e pelo texto segue a linha que o jornal mantinha fora daqui, abertamente esquerdista, mas sem tirar totalmente os pés da realidade.
Enquanto existiu, a edição brasileira seguiu a regra da esquerda nativa, escrevendo desde um mundo paralelo em que estamos às portas de um regime nazista, juízes e presidentes devem ser presos sem crime e criminosos adeptos de regimes totalitários devem ocupar a presidência para salvar a democracia.
Apenas casos como a punhalada tem o condão de fazê-los colocar os pés no chão. E aí eles já colocam também as mãos e passam a zurrar, expelindo sua rancorosa maldade - "tomara que morra" - e imbatível estupidez - "a facada foi fake".
Não é nem questão de valores, dá para analisar friamente a possibilidade de um complô com fins eleitorais. Basta não ter a mente deteriorada como essa gente para imaginar a extrema dificuldade de encenar uma farsa em público, com mil celulares ligados, sem ensaio prévio e sem chance de parar no meio e repetir o último take.
Num pequeno aeroporto do interior, o candidato Bolsonaro dá adeus aos fãs e caminha para o avião isolado com alguns assessores. Alguém sai da multidão e corre em sua direção. Ele se volta sorridente para o que pensa ser um último abraço e recebe a facada. O sangue corre, correm as pessoas, o agressor é preso, o agredido levado às pressas para o setor médico do quartel que por acaso fica próximo dali...
Meia dúzia de envolvidos, tudo controlável, é nisso que alguém medianamente inteligente pensaria caso decidisse realizar uma encenação. Porém, incapaz de raciocinar e se imaginar nessa posição, o esquerdista tacanho se torna presa fácil das fantasias criadas pelos que que reduzem o mundo à sua imbecilidade.
Quem conseguisse coreografar o movimento da multidão turbulenta da facada real mereceria um Oscar de efeitos especiais. E como as dezenas de pessoas envolvidas no socorro imediato, no transporte e nos hospitais foram cooptadas e convencidas a jamais abrir o bico? Alguém as subornou antes, uma a uma? Lhes deu um telefonema ameaçador depois? E nenhuma furou o esquema, ainda que em off? Outro Oscar.
É só pensar nas questões práticas, não zurrar as asneiras habituais, repetindo "argumentos" como o de que não saiu sangue na hora da facada. Como se isso não fosse possível e os fatos devessem se adaptar à ignorância de quem os desconhece. Ou como se fosse difícil incluir uma bolsinha com sangue numa encenação tão sofisticada.
Agora inventaram outro: a facada é falsa porque Bolsonaro estava com problemas de saúde na região afetada. Além da idiotice em si, volte às imagens da multidão se empurrando para confirmar que o militante psolista não ficou escolhendo o melhor ponto a atingir, mas fez o que era possível na janela de oportunidade que teve.
E se isso passar a ser uma defesa aceitável quem sofrerá serão os próprios esquerdistas. Qualquer um poderá lhes rachar a cabeça e alegar que nada houve porque eles já têm deficiências crônicas na área atingida.
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