A notícia é dada pelo Grupo Globo e vem da Reuters: "Ômicron: pessoas vacinadas com CoronaVac podem precisar de dois reforços da Pfizer. Dado é de estudos realizados por pesquisadores de Yale; no Brasil, profissionais de saúde e idosos estão entre os que receberam o imunizante do Instituto Butantan."
Esta outra é da Agência EFE: "País com maior lockdown do mundo, Argentina vê casos de covid-19 dispararem e tem segunda pior infecção em toda a pandemia." E as pessoas que pegam covid após terem tomado duas ou até três doses já nem viram notícia, tão comum isso se tornou.
Pois é, quem não se deixou levar pela histeria da mídia já previa algumas desses coisas e desconfiava de outras. Lockdowns extensos criam mais problemas do que resolvem, produtos experimentais tendem a não fazer o que prometem logo de cara, o ar de picaretagem que envolvia tudo na CoronaVac era inegável etc.
Mas essas realidades não alteram a crença inoculada nas mentes mais sugestionáveis. Incapazes de entender que as atuais vacinas são importantes, mas têm seus limites, elas só sabem acusar quem os aponta de "antivax", insistir em implantar medidas burocráticas que de nada adiantam e pedir mais e mais vacinação.
Agora, com quase todo mundo na idade de risco vacinado, chegaram nas crianças de 5 a 11 anos. Cerca de 20 países as estão vacinando e os EUA já aplicaram 8,7 milhões de doses nessa faixa etária, gerando 4.249 comunicados de efeitos adversos. Se contar duas doses por cabeça, dá um efeito adverso a cada mil crianças americanas.
4.149 casos incluem erros na dosagem, vômito, febre, dor de cabeça, tontura, síncope, fadiga, náusea e coceiras. Foram considerados de pouca seriedade porque não causaram hospitalizações e não parecem capazes de gerar problemas fatais ou de longo prazo. Não parecem, do verbo não se sabe, pois o "longo prazo" ainda não chegou. As 100 hospitalizações incluem febre, vômito, elevação de troponina (associada a problemas cardíacos), 12 casos graves de convulsão, 15 suspeitas de miocardite e duas mortes. Duas meninas, de 5 e 6 anos, que "tinham histórico médico complicado e estavam com a saúde fragilizada", diz o relatório que investiga os casos.
Bem, as crianças que morreram de covid também tinham, em geral, fatores complicadores. Quanto ao número delas, no Brasil ele é tão mais alto do que em outros países que dá para desconfiar, mas vamos lá: entre os nossos 600 e pouco mil mortos havia cerca de 300 crianças na faixa etária considerada.
Mas a questão é daqui em diante, quando o número total de mortos deve baixar cada vez mais e o de crianças entre eles deve diminuir inclusive de modo percentual. Cada um pode fazer a conta segundo suas estimativas e realizar sua aposta:
a) Confiar que seu filho pequeno estará entre a imensa maioria que jamais será afetada pela covid e não vaciná-lo.
b) Vaciná-lo e torcer para que ele não caia no grupo dos que adoecem com várias doses além de expô-lo aos riscos citados, que também atingem uma minoria, mas cujos efeitos a "longo prazo" são desconhecidos. E vaciná-lo de novo e de novo e de novo, pois se algo está claro é que a proteção das atuais vacinas é limitada nesse sentido.
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