Quando eu entrei já tinha passado o assunto, mas parte das discussões de ontem à noite foi sobre a crítica, que teria sido muito forte, do Bonner a Bolsonaro, E aí reapareceu aquele argumento de que o presidente se queima por sua "inimizade" com as vacinas, falando para os já convertidos e afastando os demais.
Bem, me parece que neste momento estamos mais próximos do inverso, com os fanáticos que tratam a vacina como uma deidade cada vez mais limitados a repetir um discurso que fez seu sucesso no passado e hoje se desmoralizou.
Há um ano, quando os europeus já vacinavam há uma semana e nós ainda não, o país explodia em tensão. Havia falta de vacina, fila para tomá-la e malandragem para furar a fila. E havia a certeza de que vacina é aquilo a que todo mundo se acostumou desde criança, algo que lhe protege independente do que acontecer e do que o vizinho fizer.
Hoje tudo mudou. Sobram vacinas e sobram provas de que elas são uma cloroquina melhorada, a ser tomada previamente. Como muitos aqui, eu estou pensando se devo tomar a terceira dose ou se esse não é um caminho similar ao do viciado que se fragiliza enquanto precisa de doses (!) cada vez mais frequentes para manter o barato.
As pessoas adoecem e morrem com duas ou três doses. O percentual de vacinados é muito maior do que diziam ser necessário. Passaportes e asneiras do tipo não protegem ninguém. Até a "variante ômicron", mais transmissível e menos mortal, serve para imunizar o rebanho pela sobrevivência à contaminação, como sempre foi no passado.
Todos estão vendo isso e quase todos estão raciocinando. Quem antes se deixou levar pela histeria da mídia já percebe que os que esta rotulou de antivax não tinham em geral nada contra as vacinas, tanto que as compraram ou tomaram, só levantaram questões pertinentes a produtos experimentais e grandes interesses financeiros.
E aí chegamos às crianças e ao discurso que a mídia tenta repetir, mas já não encontra eco junto à população. Alguém está vendo mães ansiosas porque as vacinas que salvarão seus filhos ainda não estão disponíveis como acontece em meia dúzia de países? Em que grupo do Twitter elas estão? Ninguém está preocupado.
Crianças ainda morrerão de covid como morrem de pneumonia ou gripe comum, em número ínfimo. Claro que é melhor prevenir, mas a questão é saber se os produtos falhos de agora não trarão mais problemas aos pequenos no futuro. Talvez a maioria acabe concluindo que não e vacine os filhos, mas sem correria, sem desespero.
O desespero - falso, teatral - está só no discurso de pilantras como o Bonner. Há um ano, ele poderia atingir a maioria. Mas o tempo foi mostrando os fatos e a situação se inverteu. Hoje, só os adoradores da deidade da agulha levam a sério sua defesa da cloroquina melhorada. É ele quem fala para o grupelho de convertidos.
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