Por mais que tentem, eles não conseguem deixar de se referir jocosamente à glossologia da primeira-dama. Que zombem. Como a gente dizia meses atrás e concordava ontem o pastor Malafaia, todo esse episódio do André Mendonça terminaria com a sua vitória e só serviria para deixar bem claro quem está ao lado de quem.
Mas eles pensam que são só os evanjegues, pouco mais que um terço da população. Talvez sejam só os pentecostais, que são apenas 90% destes. Isso é tranquilo. Na última hora a jararaca, a serpente tupiniquim, inventará um discursinho qualquer e convencerá a todos das vantagens de sua corrupção financeira e moral.
E eles são bons nesse negócio de falar em línguas que arrebatam os desatentos, mas não fazem nenhum sentido para quem mantém um mínimo de fidelidade à lógica e à realidade.
Agora mesmo, Sakanamoto, o ongueiro predileto do petismo e dos estrangeiros que querem nos fazer o favor de cuidar da Amazônia, critica o presidente por ter "alterado seu discurso" contra a corrupção e passado a admiti-la após "se unir ao Centrão" (como ele não é morista, não precisa distinguir entre Val de Mal e a turma do Podemos).
Mas Bolsonaro mudou mesmo? Criou algum Mensalão? Está deixando meterem a mão desde que aprovem o que ele quer? Teria interferido na Polícia Federal para impedir investigações de malfeitos (como dizia a outra)?
Nada disso. O presidente só lembrou a obviedade de que não há como impedir que alguém em algum canto se arrisque a tentar levar algum. Em alguma escala sempre haverá corrupção, o que o dirigente precisa fazer é não estimulá-la como o petismo e, ao contrário, criar controles para dificultá-la ao máximo como tem feito o atual governo.
Outro exemplo de linguagem deturpada? Pegue as críticas dos anti às "contradições" dos que eram contra o "fique em casa" e agora são contra o carnaval.
Não há contradição alguma, nunca ninguém estimulou ajuntamento indevidos. O que se lembrava na época é que não havia sentido em proibir o restaurante de abrir com metade das mesas se a indústria ao lado funcionava como sempre. Não havia motivo para dar férias aos jovens e bem cuidados jogadores de futebol enquanto multidões eram acotoveladas nos trens do subúrbio com horário reduzido.
O interessante é que nos dois casos nós vemos a confusão deliberada entre o específico e o geral, a exceção e a regra. De onde eles tiraram essa técnica de confundir os incautos através desse tipo de truque de linguagem?
Não sei. Talvez seja genético, afinal foi aquela antepassada distante da jararaca quem começou o diálogo perguntando: "Foi isto mesmo que Deus disse: Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim?"
Na imagem acima, fiéis petistas em ato de adoração ao santo molusco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário