Permanecem os mistérios. Os vistos do agora dessancionado e dos demais violadores de direitos humanos serão devolvidos? As sobretaxas que continuavam a atingir a maioria dos produtos brasileiros serão anuladas? Talvez sejam logo, mas ainda não, pois se a resposta fosse positiva o Consórcio estaria festejando.
Mas o maior mistério é o que o descondenado ofereceu para Trump retirar a Magnitsky do dessancionado. Não deve ser uma bobagem, ou hoje teríamos colunistas do Consórcio especulando sobre o tema, não esse absoluto silêncio, certamente ordenado de cima, sobre uma pergunta que surge ao natural.
Isso envolveria a exploração das terras raras? Se envolver saberemos, pois o governo regula o setor de perto e alguma diretriz pró-EUA (e automaticamente anti-China) terá que ser emitida brevemente. Os EUA precisariam de uma garantia de que o acordo seria de longo prazo.
Acho mais provável que seja algo relativo à liberdade nas redes sociais, coisa que é fácil de cumprir porque basta o STF voltar pra casinha e seguir a lei. Nesse sentido, um mistério adicional: se a desistência do queixoso é legalmente possível, o processo da Trump Midia contra Moraes será encerrado nos EUA?
Um alívio na censura via internet seria de nosso próprio interesse e o mesmo se passa com outras possibilidades que não precisariam se tornar públicas, como um tratamento digno a Bolsonaro ou a aceitação de uma sensível redução das penas de todos os prisioneiros políticos.
A negociação pode ter envolvido uma ou várias dessas possibilidades, mas meu palpite é que ponto principal ainda é a derrubada do Maduro. Isso interessa muito a Trump, que ficaria desmoralizado se os contingentes que enviou para o Caribe voltarem de mãos abanando ou com caixões de companheiros mortos em operação.
Mas já disseram que os aliados mais próximos de Maduro não querem deixá-lo escapar sozinho. Já sabemos que ele é protegido e ao mesmo tempo vigiado por militares cubanos que o impedem de se entregar. Como o Molusco, que falou com o ditador e nada conseguiu, poderia ajudar?
A resposta é simples: conversando com quem comanda os cubanos que estão em Caracas. O pai do Lulinha é fundador do Foro de São Paulo e amicíssimo dos Castro, dirigiu o país mais rico até hoje tomado pela organização, ajudou a sustentar a ditadura da ilhota, tem uma imensa moral por lá.
Um pedido de um amigo desses é praticamente uma ordem. Ainda mais se vier acompanhado de uma garantia de que o companheiro Maduro não precisará abrir o bico e talvez até de uma ajudinha extra para a qual os americanos vão fechar os olhos. Perde-se uma filial sem futuro para dar uma sobrevida à matriz, fazer o quê?
Minha aposta é esta: o fim do ditador da Venezuela em troca do alívio ao do Brasil. Ruim pra nós, excelente pro Trump. Fazer o quê?

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