quinta-feira, 23 de outubro de 2025

King Trump

Nesta semana, sempre em ordem unida, os três jornalões do autodenominado "consórcio" publicaram editorais com críticas à "instabilidade" causada por Trump na América Latina. Mas seria melhor trocar este termo por Foro de São Paulo, pois todos que se dizem ameaçados estão de algum modo ligados a essa organização.

Trump está incomodando países dirigidos por defensores da liberdade como Argentina, Paraguai ou El Salvador? Quem reclama dele são os stalinistas de Cuba e Nicarágua, o narcoditador da Venezuela, o quase isso da vizinha Colômbia, e os cozinheiros de sapo em fogo baixo de México e Brasil. 

Estabilidade para essa gente é a da censura, da ditadura e do desastre econômico. Para quem vive aqui e quer o melhor para seu país, o "intervencionismo" do americano é muito mais positivo do que o contrário. Quanto mais os ditadores e demais violadores de direitos humanos se sentirem desconfortáveis, melhor será para suas nações.

Se os jornais que defenderam as versões locais dessa gente asquerosa acham que Trump está incomodando, pode acreditar que ele está indo bem. Os tentáculos da organização criminosa que há tantas décadas infesta a região devem ser neutralizados. E quanto antes, melhor; pode acelerar aí, Laranjão.  

Reino reconhecido

Dizem que os antigos podiam ver a aura das pessoas e aceitavam com naturalidade a liderança de reis-sacerdotes como os da primitiva Suméria, que tinham um grande halo de energia positiva sobre a cabeça. Esta teria sido a origem das coroas que os reis passaram a usar quando o poder político passou do templo para o palácio do guerreiro. 

Em nossa época os reis também se tornaram politicamente anacrônicos, mas a ideia por trás deles não. A pompa que cerca os dirigentes eleitos se aproxima da que lhes era devida. Todos prestam vassalagem ao rei do futebol, da música, da culinária piauiense ou seja lá o que for. Ser rei é positivo, é bom.

Nessas circunstâncias, nada mais idiota que tentar desqualificar alguém chamando-o de rei. Sim, todos entendem que o No Kings se refere ao abusos que um rei poderia cometer. Mas não adianta, ao fazer um protesto contra Trump com este nome você está admitindo que ele deve ocupar o trono.

Sem coroa

Roubaram as joias da rainha (ou imperatriz, tanto faz), mas as autoridades francesas estão confiantes de que será difícil vendê-las porque todos as conhecem. Lá no final da reportagem, porém, alguém levanta a possibilidade dos ladrões destruírem as peças para vender as pedras preciosas e o ouro em separado. 

Coitados, ainda estão se acostumando ao padrão brasileiro. Mal imaginam que por aqui todo mundo já pensou na pior hipótese de cara. Deve ser uma regra, um ônus do poder: você começa a reinar no futebol e o reino cai na malandragem logo depois.


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