sexta-feira, 6 de junho de 2025

O que faz a irmã?

Taxxad aumenta imposto, Nísia promovia batecu, Marina tenta implantar a agenda de ONGs estrangeiras. Mas o que dizer dos menos comentados? O que faz aquele bando de malandros responsável pelas dezenas de ministérios que não servem para nada? Do que se ocupam para passar o tempo?

Eles viajam, seria uma boa resposta. O janjismo é regra entre essa gente que toda hora está participando de uma importante reunião longe de Brasília, de preferência na Europa. Mas em algum momento eles precisam inventar alguma coisa para fingir que trabalham, e é isso que nos interessa.

Inútil entre os inúteis, quem pode nos dar uma boa ideia do que acontece nesses antros é aquela que ganhou um ministério porque a irmã foi morta. Responsável pelo MIR (Ministério da Igualdade Racial), ela tem como grande objetivo implantar o PJNV (Plano na Juventude Negra Viva).

Como Lule garantiu que não deixaria que continuassem matando os jovens negros, ela mandou ouvir 6.000 deles, elaborou o projeto e contou com a ajuda de Janja para convencer outros 17 ministérios a colaborarem com a iniciativa, que tem um orçamento total de 700 milhões de reais.

O PJNV ainda envolve a participação dos estados no treinamento de agentes de saúde, educadores e policiais. E conta até com o Caminhos Amefricanos, um programa de intercâmbio estudantil com países africanos e caribenhos, destinado a reforçar o ensino da cultura e da história afro-brasileiras. 

"Não é só um plano de segurança pública, mas de sobrevivência", diz Tiago Santana, titular da DCSR (Diretoria de Combate e Superação ao Racismo do MIR). Preparado ao longo de 2023, o PJNV foi lançado em março de 2024 pelo próprio presidente Lule, que o definiu como uma série de "ações concretas" para proteger a juventude negra.

Mas há problemas. Um deles é que nem o Tiagão, gestor do troço, consegue ter ideia de quanto dos 700 milhões serão investidos em cada área do PNJV. Como as ações ainda não são realmente concretas e a verba deve sair dos outros 17 ministérios, eles precisam de mais algumas reuniões para decidir esses detalhes.

Outro problema é a baixa adesão dos estados. Apesar dos esforços da ministra que viaja (a trabalho) para todo lado para vender seu peixe, até agora só seis estados prometeram aderir ao plano. Nem os petistas ela conseguiu convencer; na Bahia, onde mais morrem jovens negros, não quiseram nem começar a conversa.

Mas não há nada que uma boa previsão não resolva. Confiante na lábia da chefe, Tiagão aposta que metade dos estados terá aderido ao PJNV até o final de 2025 e os demais devem fazê-lo a seguir, em 2026. Depois é só voltar a falar com outros ministérios e tocar pau na máquina.

Pô, Tiago, mas isso entraria em 2027 e envolveria o próximo governo, não corremos o risco de ver todo esse esforço ser jogado fora? Pode ser, mas mostrar algum serviço (ou intenção de) garante que a verba anual de 220 milhões do MIR será mantida, talvez até ampliada. O resto se vê depois.

A foto é para lembrar que a irmã não é de todo inútil. Vai custar quase 1 bi, mas ela livrou o Brasil do Silvio Almeida.



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