terça-feira, 27 de maio de 2025

Ele manda no homem!

Esqueça aquelas histórias do imigrante que chega sem nada e quarenta anos depois se tornou uma das maiores fortunas do país. Nenhum desses amadores é páreo para o deputado Eduardo Bolsonaro, que se mudou para os EUA e em algumas semanas passou a mandar no próprio presidente americano.

Dias atrás eles riam da desimportância do Bananinha. Agora continuam a dizer que ele é um pobre-coitado, mas ao mesmo tempo tratam-no como responsável pelas punições internacionais que fizeram por merecer e o investigam oficialmente por... bem, por expor no exterior a farsa que patrocinam por aqui.

Estilo oriental

A própria investigação aberta ontem é um caso à parte. Além de legalmente absurda, ela começará convocando o pai do investigado como testemunha, numa tentativa de constrangimento que um sabujo como Josias de Souza festeja ao escrever que "Eduardo achou mais sarna para Bolsonaro se coçar". 

É o estilo da Coreia do Norte: se o cara escapar eles pegam alguém da família. É o estilo de quem inventa que empresas estrangeiras precisam de um representante no país para poder castigar esse funcionário se a empresa não o obedecer a nível internacional. E de quem quer censurar as redes como na China.

Por aqui os sub-83 seguem o exemplo de mestre Josias e se alegram com esse tipo de esperteza. Mas para quem tem um mínimo de inteligência a malandragem só comprova que o Bananinha tem razão. Não é ele e sua capacidade de convencimento, são os fatos.  

O golpe acabou

Acabar não acabou, mas de uns dias para cá diminuíram as referências dos jornalões à "golpe", "trama golpista" e equivalentes. Se o mesmo aconteceu na TV aberta eu não sei, mas na GN já disseram que Eduardo está só protegendo o pai e criticaram a perseguição a Allan dos Santos sem chamá-lo de "blogueiro bolsonarista".

Acredito que sanções como a da Lei Magnitsky não podem ser aplicadas a empresas de comunicação. Mas elas podem atingir pessoas físicas como seus proprietários e funcionários. Não devem atingir, mas vai que... por via das dúvidas o pessoal decidiu maneirar na desonestidade.

Interpretações

- O senhor confirma que ele disse que obedeceria ao acusado?

- Não, ele disse que estava às suas ordens, mas isso é uma maneira de falar.

- Cale-se, a lei diz que testemunha não deve interpretar os fatos.

- Mas a própria lei ressalva que essa interpretação é necessária quando se trata, como agora, de palavras que podem levar a equívocos se tomadas literalmente.

- A lei diz o que eu quiser que seja, cale-se já ou mando lhe prender. Anote aí, escrivão: a testemunha confirma que o garçom do restaurante confessou obedecer às ordens do líder do golpe.


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