Tirando exceções como Vini Jr., que chora e para de jogar quando vê uma na sua frente, acho que quase todo mundo ainda gosta de banana, fruta nutritiva, abundante na América Latina, que antes da volta do petismo ao poder também era popular por ser encontrada a "preço de banana".
Mas as coisas estão mudando e creio que falta muito pouco para a banana ter a honra de ser a primeira fruta cancelada pela nossa esquerda. Um motivo para isso é o que incomoda o Vini, banana virou referência exclusiva a macaco e o simpático animal virou referência exclusiva a racismo.
Daí para o cérebro simiesco dessa gente concluir que banana é uma fruta racista (e de extrema direita, obviamente) basta um pulinho. Não pense que é exagero, lembre que eles já conseguem ver racismo no leite.
Outro problema é que antes nós tínhamos "ditaduras de bananas" organizadas em torno de líderes militares caricatos que viviam de óculos escuros. E hoje nós temos - sempre em países dominados pela esquerda, como a Venezuela - ditaduras organizadas em cima de cúpulas jurídicas ainda mais caricatas que os generais.
Tão violentas e arbitrárias quanto os fardados, essas cúpulas são temidas em seus países. Mas fora dali elas parecem apenas ridículas e antes que alguém comece a falar em "tribunais de banana" é melhor já ir associando todas as referências à fruta à direita.
Um terceiro motivo, exclusivo da esquerda brasileira, é o Eduardo Bolsonaro, chamado jocosamente de Eduardo Bananinha. Eles riam muito desse apelido e riram de sua "fuga" para os EUA. Mas bastaram alguns poucos dias para o deboche se transformar em preocupação com direito a manchete em seus jornais.
Agora estão até exagerando para o outro lado. Segundo escreve Chamil Jade em sua coluna de hoje no UOL, Bananinha já não é apenas um risco nacional, mas parte importante de uma articulação da terrível extrema direita internacional. Nem nos supermercados da era Taxad a banana se valorizou tão rapidamente.
Em decorrência disso os esquerdistas brazucas tenderão a ver qualquer medida tomada pelos EUA contra seus ídolos como trabalho do Bananinha. E como no cérebro do símio tudo se mistura, considerarão que a fruta foi sequestrada pela extrema direita e não conseguirão mais comer uma banana.
Para o resto do país será o contrário, o apelido Bananinha será assumido como positivo e usado para incomodá-los.
Jornalismo de bananas
Como nada podem fazer contra Eduardo nos EUA, eles reagem com calúnias. Andrea Sadi diz hoje que "ministros do STF" acreditam que, frente a "inescapável condenação", Jair Bolsonaro mandou seu filho para os EUA para "preparar o seu exílio".
Que preparação seria essa? Se Bolsonaro quisesse se exilar lhe bastaria chegar aos EUA para depois cuidar do resto. A argumentação é ridícula, mas não isolada. Segundo Andrea, o fato de Bolsonaro estar nos EUA no fatídico 8 de janeiro é - acredite se quiser - uma das provas de que ele queria disfarçar e, portanto, comandou mesmo o golpe.
Apelido pujante
Eu não sabia, mas quem criou o apelido foi o general Mourão em um discurso em que disse que perseguiam o rapaz por seu sobrenome e nada fariam contra ele caso se chamasse Eduardo Bananinha.
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