Para piorar, as letras menores informam que a gatinha pergunta no ouvido do Arthur se o cara conseguirá desempenhar e o bacana garante que o mané nunca tirou uma nota na vida. Ah, mas quando ele começou a tocar... é o que diz o início da propaganda que John Caples (1900-1990) criou em 1927 para a U.S. School of Music de Nova York.
Na verdade é "quando EU comecei a tocar", pois o primeiro objetivo da peça é que o leitor se identifique com o sujeito que era objeto de deboches, mas transforma as risadinhas em expressões de admiração. Ou de medo, se quem o desprezou o via como rival. Cuidado para não perder a namorada, Arthur.
O título acima foi apenas um. Também tivemos Bolsonaristas vão aos EUA denunciar 'ditadura judicial' e acabam barrados, Os patéticos patetas e outros, todos ridicularizando a comitiva que, boicotada por democratas, não conseguiu discursar na comissão de direitos humanos da House como pretendia o deputado Chris Smith.
Restou-lhes, naquele 12 de março de 2024, dar uma entrevista para alguns poucos órgãos de imprensa em frente ao Capitólio. Um fracasso completo, garantiam entre ironias diversas os sabujos do regime PT-STF em seus blogs, portais, GNs e CNNs. Dá-lhe Xandão, a busca de auxílio externo jamais passaria de uma palhaçada.
Quem diria que hoje, exatamente um ano depois, tudo estaria mudado? O "comediante" Eduardo, por exemplo, está por assumir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara e tem muito mais interlocução com o Congresso e o Executivo americano do que o próprio desgoverno petista.
Nos EUA, avançam os projetos para punir censores estrangeiros que podem atingir em cheio os nossos ditadores judiciários. O mais famoso destes, que já teria repatriado o dinheiro guardado por lá, enfrenta processos na justiça americana e tem seus abusos reconhecidos por todos, inclusive com apelido internacional.
Claro que isso foi facilitado pelo retorno de Trump, sua aliança com Musk e seu intuito de defender a liberdade de expressão a nível mundial. Mas quem dançou com Elon em cima da mesa no dia da eleição e teve direito a uma atenção especial pública de Donald na última CPAC? Ele, o "comediante", o "fritador de hambúrguer".
Alguma coisa o cara (e quem está com ele) fez de certo. Essas coisas são como tocar piano com qualidade, não se consegue sem algum talento e alguma dedicação. O chapeiro conseguiu. E conforme ele foi tirando as notas, o deboche dos canalhas foi se transformando em preocupação.
Agora eles já não fazem piadinhas sobre quem vai perder o visto, seus jornalistas amestrados trocaram as risadinhas por demonstrações de pavor e pedidos de retaliação. Mas o piano já tocou e a orquestra que decidiu acompanhá-lo veio atrás. Cuidado, Arthur, você ainda vai pagar por sua arrogância.
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