quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

O cérebro das pessoas

Tia Lúcia começou bem, unindo o caso do sujeito que assassinou o executivo do plano de saúde ao do ex-fuzileiro que imobilizou e acabou matando um vagabundo que incomodava as pessoas no metrô. Como era previsível para quem conhece a mente humana, ambos ganharam a simpatia de grande parte da população americana.

Tia Lúcia foi mais ou menos quando atribuiu esse apoio à descrença no sistema de justiça tradicional e à bronca do cidadão normal com quem o ameaça na rua ou no momento em que adoece. É isso, evidentemente, mas aliado a fatores como a antiga admiração dos nativos pela iniciativa individual.

Foi aí que o artigo de titia na Folha começou a descer a ladeira. Percebeu-se que ela o havia escrito para fixar-se na desconfiança da justiça e atribuí-la ao que aconteceu com o presidente. Não o Biden, que livrou a cara do filho bandido, mas o Trump, que na mente xandônica da colunista deveria ser preso por... sei lá, por ser o Trump.

Pô, titia, a senhora é a nossa representante em Nova York desde 1735! Assim a senhora nos envergonha. Se as pessoas estivessem chateadas com o Trump teriam votado na woke das gargalhadas (que, falando nisso, já voltou para o armário onde os democratas e sua mídia desonesta a esconderam durante quase todo o mandato do velhote senil).

É o contrário, tia. A eleição do Trump é um efeito da mesma indignação com as ruas tomadas por vagabundos e as elites insensíveis que negam até a saúde previamente paga. Além disso, goste-se ou não, Trump e seu partido de si mesmo é um exemplo da mesma iniciativa individual que o pessoal admirou nos casos mencionados.

Outro exemplo é o Elon Musk, que só citamos aqui porque Tia Lúcia deu um jeito de enfiá-lo na sua descrição torta dos fatos. Essa foi a parte mais forçada de seu artigo, mas titia não resistiu, seu ódio pelo "incel" que ajuda a desmoralizar a velha mídia de compadres foi mais forte que a isenção que ela deveria tentar fingir.

Titia não tem jeito, é capaz de morrer de velha corroída pelo ressentimento. Talvez só acorde para a vida no dia em que alguém balear algum jornalista desonesto e o povo aplaudir o atirador nas redes sociais.

Banquinho

Sai o tiro, entra o bisturi. Sai Tia Lúcia, entra Merdal. O colunista de O Globo até que mandou bem ao lembrar o ódio e o ressentimento que o dominarão quando o cachaceiro descobrir que o mercado o considera um entrave e reagiu positivamente à noticia de que seu fim pode estar próximo.

Ser lembrado que não engana quase ninguém deve doer na alma do psicopata vaidoso. E o pior é que ele não pode ficar muito nervoso para não estourar os pontos do "novo procedimento sem risco" que será testado hoje em seu cérebro. Não pode nem tomar um banho quente para não cair do banquinho de novo.  


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