Houve uma época em que o presidente Bolsonaro pensou em nomear seu filho Eduardo como embaixador nos EUA. Não deu certo na ocasião. Mas graças aos seus bons contatos com Trump e sua equipe, ele está exercendo informalmente o cargo agora, no desgoverno do Expre.
O embaixador oficial será outro, mas uma coisa é manter contatos formais com o poderoso presidente da maior nação do mundo e outra é frequentar a casa do Donald e dançar em cima da mesa. Ainda mais quando se trata de alguém escaldado pelas traições da primeira vez, que procura se cercar de pessoas confiáveis.
Há mais brasileiros atuando junto a Trump e os políticos republicanos, mas Eduardo se destaca entre esses representantes da oposição ao regime PT-STF e talvez seja quem mais possa contribuir para que os malefícios causados pelas pressões americanas na era Biden se transformem agora em benefícios.
Alguns sinais disso estão no convite que Trump deverá fazer a Bolsonaro para sua posse e em seu discurso contra o Deep State, que destacamos ontem. Outros nos anúncios do próprio Eduardo sobre a questão do Filipe Martins e da possível nomeação de um embaixador americano pela liberdade de expressão.
É óbvio que nada disso vai causar o fim imediato do autoritarismo e tanto o STF quanto os petistas garantirão que essas coisas não têm a menor importância. Onde mais se nota sua preocupação é nos artigos de seus capachos na imprensa. Chamil Jade, por exemplo, escreve o seguinte:
O que tem acontecido, e precisamos ficar de olho nisso, é uma tentativa correta por parte do Itamaraty de ocupar o espaço e os canais de diálogo com o Partido Republicano. Isso não quer dizer que Trump topará o diálogo, mas essa é a disposição por parte do Brasil. Para quê? Justamente para tentar desmontar a narrativa bolsonarista de que eles são os interlocutores do Brasil nos EUA. Não são; pelo menos neste momento não é verdade. Eles não têm esse papel.
Bem, se você precisa "tentar desmontar" alguma coisa é porque ela está montada e não há garantia de que isso se reverterá. Até porque a coisa não se limita a interesses políticos. Como foi nas cortes do passado, as simpatias pessoais continuam a pesar nas relações entre soberanos e embaixadores estrangeiros.
Imprença e suas contagens
Há dias está evidente que Trump goleou a woke imbecil por 312 a 226, mas a imprensa deixou de dar como certos os estados onde só existem as chamadas chances matemáticas de uma virada da democrata e foi retirando o tema das manchetes antes que Trump chegasse à marca psicológica de 300 votos.
Estaria tudo ok se a norma fosse essa, mas muitos estados foram contados para Kamala enquanto ainda havia grandes chances matemáticas para Trump. Onde o Laranjão estava na frente, ao contrário, houve casos em que o estado ainda não era contado para ele quando a virada já era matematicamente impossível.
E ainda há indefinição quanto à Câmara. Os republicanos têm 213 representantes e precisam mais cinco entre os 17 em aberto para garantir a maioria da casa. Três parecem garantidos. Os outros dois podem sair de vários casos em que eles estão na frente, mas por margens mínimas. Tem emoção até o final.
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