Cui bono?

Confirmando-se a veracidade de um tuíte em que o sujeito que se explodiu ontem em Brasília pedia que tanto Lule como Bolsonaro deixassem o Brasil em paz, nós podemos estar frente a um caso de terrorismo isentão, aquele praticado por quem quer explodir o sistema, esteja quem estiver no poder.

Seus alvos deveriam confirmar isso, pois há representantes de todos os partidos no Congresso e o STF é a sede da justiça que deve tratar a todos por igual. No entanto, tanto nas redes como em setores da imprensa, alguns estão tentando apresentar a bronca do cara com o tribunal como prova de que ele pertencia a uma linha política, algo que só teria sentido se o STF pertencesse à linha oposta.

Além de admitir indiretamente a politização do STF (o que nega todos os dias de maneira direta), esse pessoal acaba esquecendo aquela perguntinha básica: Cui bono? Quem se beneficia? Quem poderia faturar politicamente com um atentado tabajara como o realizado?

Surgem notícias de que "bolsonaristas" disseram que a explosão enterra as chances de anistia aos injustamente condenados pela entrada no prédio aberto pelo GSI petista em 8 de janeiro. Alguém viu um bolsonarista dizendo isso? Quem diz são setores da imprensa esquerdista, embora o pessoal do 8/1 possa mesmo sair prejudicado dessa história. Nem eles nem bolsonaristas são beneficiados por ela.

Nas redes, uma manada de comentaristas invadiu o X dos jornalões para dizer que o ato prova que os "golpistas" do 8 de janeiro são perigosos e devem mofar na cadeia. Mais uma vez se demonstra o quanto esses manipulados pela esquerda têm uma índole perversa, mas muitos deles devem ser MAVs pagos, pois o petismo tentará usar o fato para tirar o foco dos cortes que sua incompetência obriga a fazer.

Com tudo isso, fica evidente que o PT e o STF foram os grandes beneficiados pelo ataque. Mas a suspeita de que petistas estivessem por trás de tudo não se confirmou, ao que tudo indica eles estão apenas se aproveitando de um ato de loucura isolado.

Fala Gu, mas não chora!

Na Gazeta do Povo, Daniel Lopez defende que Marco Rubio pode ser um infiltrado que tentará arrastar os EUA para guerras desnecessárias. Mas é difícil acreditar que o Trump escaldado pela experiência do primeiro governo tenha sido enrolado e nomeado alguém errado para um cargo tão importante. Nesse caso ficamos com as palavras com que Gu da Chacará inicia e encerra seu artigo a respeito do novo secretário:

Não há nome pior para secretário de Estado do que o de Marco Rubio para as relações entre os governos de Lula e o de Trump. Qualquer possibilidade de uma relação amistosa entre os dois fica inviável caso se confirme a escolha do senador pela Flórida para o cargo (...) Talvez pressione a favor de aliados, como o próprio Bolsonaro no Brasil (...) Para complicar, Lula também tende a ser sugado para a briga caso Rubio adote um tom hostil e haja choque nas áreas comercial e ambiental. Na cabeça de Rubio, que tem dificuldade em ver nuances, Lula está no bloco anti-EUA e precisa ser tratado como inimigo.