64,7% dos municípios brasileiros estão sem vacinas para crianças, na maioria dos casos há mais de um mês. Não se trata da "vacina" contra a covid, embora esta falte também, mas daquelas que todos nós tomamos e demos aos nossos filhos, meningocócica, tríplice viral e tetraviral, entre outras.
Menos mal que não faltam todas as vacinas em todos os municípios, em alguns falta uma, no vizinho falta outra. Assim, os pais preocupados podem vacinar o filho no postinho da esquina, viajar para outra cidade, completar a imunização do pimpolho por lá e ainda voltar a tempo para comer a tradicional picanha no fim de semana.
O Ministério da Saúde, responsável pela compra das vacinas, declarou que está trabalhando arduamente para resolver o problema... no próximo ano. Claro, as crianças podem esperar. O que não pode é o show de batecu, o dinheiro para a prefeitura do filho da ministra e o protocolo para atendimento do público trans.
Mas não devemos criticar, esse é um padrão do desgoverno. Equilíbrio fiscal? No próximo ano será atingido, tudo sob controle. Superávit das estatais? Este ano não deu, mas no próximo a gente chega lá. Até a picanha e a cervejinha já foram jogadas para o futuro. Será que PT significa Próxima Temporada?
Efeitos adversos
Falando em vacina, será coincidência que nas eleições pós-covid o pessoal mais à direita tenha obtido vitórias expressivas nas Américas e na Europa? Pode ser, a direita já estava crescendo consistentemente há alguns anos na maioria dos países por motivos como valores, imigração ou economia.
Mas houve um ensaio de controle social mais pesado durante a pandemia. E as pessoas podem nem ter pensado muito nisso, porém sentiram o clima da coisa e não gostaram, afastando-se dos políticos que defenderam até mesmo a violência do Estado contra os direitos individuais.
Algo similar se deu com as "mudanças climáticas", que embute outra tentativa de controle social. A maioria da imprensa e imbecis como o Guterres ainda estimulam a paranoia sobre o assunto, mas a receptividade do público é cada vez menor. Até a débil mental da Greta virou defensora da "causa palestina".
Suzy pergunta
Escrevendo na Foice, uma tal Suzana Herculano-Houzel diz querer saber se os "antivaxxer" também recusariam tratamentos contra o câncer que usam os modernos anticorpos monoclonais, pulando etapas para agarrar o touro à unha, por assim dizer.
Bom, Suzy, as pessoas são contra uma "vacina" que não evita a doença, não contra todas. Uma coisa é uma gripe, outra é câncer e uma chance de curá-lo. Se você vai viver muitos anos precisa se preocupar com efeitos colaterais a longo prazo, se está por morrer tanto faz. E acho que você pergunta antes se o sujeito quer seu tratamento para câncer. É só fazer o mesmo com a "vacina" contra covid.
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