terça-feira, 8 de outubro de 2024

Diminuiu a escuridão

Nestas eleições o PT encolheu em termos de pessoas governadas pelo partido, caindo para a nona posição nesse ranking ao controlar cidades em que vivem cerca de 3% dos brasileiros. E apesar de ter ganhado 69 prefeituras em relação a 2020, dá para dizer que ele também foi derrotado nesse quesito.

Acontece que o PT é o PT e suas linhas auxiliares. Não incluiremos nessa lista o PDT e o Cidadania (que juntos perderam 272 prefeituras) porque não são totalmente subordinados à gang. Mas PSOL, PCdoB, Rede e PV perderam um total de 65 prefeituras, praticamente zerando o ganho da matriz.

Bom, vamos então ser justos e somar a população das cidades diretamente governadas pelo PT com a das mantidas pelas linhas auxiliares. Em milhares de habitantes, o PT puro tem 6.161 e os demais têm 800 - 0 (PSOL), 363 (PCdoB), 34 (Rede) e 403 (PV) -, dando-nos um total de 6.961 mil.

Não muda quase nada, o percentual sobre a população do país continua na casa dos 3% e o "Grande PT" continua na nona posição, apenas um pouco mais próximo do PSDB, que perdeu 250 cidades e se tornou o oitavo da lista, mantendo 273 prefeituras em que vivem 7.219 mil pessoas.

Tática vermelha

Claro que o que foi dito acima se altera se o invasor farináceo ainda conquistar São Paulo. E a tática que os petistas adotarão para isso consiste em lembrar que Boulos é Lule e Nunes é Bozo, pois, segundo a pesquisa Datafoice que citamos ontem, 48% dos paulistanos não votam nos apadrinhados de Lule e 63% recusam os de Bozo.

E a gente aqui achando que a pesquisa era fajuta porque a imprensa tinha cansado de mostrar que Nunes e Marçal estavam lutando pelo voto bolsonarista enquanto o PT deixou de ter candidato próprio porque Lule mandou apoiarem aquele ao lado de quem passeou pela avenida e cantou o hine brasileire.

Mas não, estávamos equivocados, a pesquisa era das quentes. O desligado eleitor paulistano médio é que não sabia quem apoiava quem. Porém agora ele será informado e só restará esperar que os dois padrinhos assumam seus afilhados.

Bolsonaro já disse que deve apoiar quem restou para combater a extrema esquerda e Nunes disse que deseja esse apoio. Mas quanto ao ex-presidiário, o Badaró já perguntava ontem se ele aceitará se expor para ser (ainda mais) associado ao que ameaça ser uma derrota fragorosa. Será?

Os petistas e o invasor que virou professor torcem para que ele apareça. Já a Foice deve torcer para o malandro arrumar outro falso compromisso no exterior e ficar longe da cidade. Se não der, torce para ninguém lembrar da sua pesquisa picareta de agosto.


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