O percentual é o do Inter, mas não deve ser muito diferente nos outros: Você prefere reforçar seu time com um jogador que leve 10% dos seus gastos totais com futebol (incluindo titulares, reservas, juniores, acomodações etc.), ou prefere usar esse dinheiro para manter um time de futebol feminino?
Para os clubes a pergunta é retórica porque a CBF obriga os participantes da primeira divisão a manterem equipes femininas que nada dizem ao torcedor. O futebol feminino, sejamos sinceros, é como o sub-15 masculino (tem o feminino também), de vez em quando você até assiste, mas não está nem aí se seu clube vencer ou perder.
Depois de anos de experiência, já está mais do que evidente que o produto não agrada ao público brasileiro (ao menos não a ponto dele pagar para assisti-lo). Mas a imposição continua, invertendo completamente a lógica que deveria reger um esporte profissional.
E o pior é que os defensores da inversão se tornam cada vez mais arrogantes, insistindo que o público deve ser "ensinado" a gostar do que não gosta, dando palpites onde não foram chamados (lembre do Cuca no Corinthians) e berrando que os salários e condições oferecidos às praticantes da modalidade são inferiores aos dos homens.
Foi assim que as petulantes jogadoras do mesmo Corinthians esperaram vencer a Libertadores da categoria no dia de ontem para lançar um vídeo em que, ao invés de festejar a quinta conquista consecutiva e saudar alegremente o torcedor para conquistar sua simpatia, reclamam de tudo e de todos.
O ônibus que as levou ao estádio realmente tinha bancos com estofamento à mostra, mas imagine se algum time masculino reclamaria disso poucas décadas atrás, quando o futebol não rendia as fortunas que rende hoje. Eles davam pouco lucro e tinham pouco investimento. Elas dão prejuízo e não admitem um assento rasgado.
Eu só vi um pedacinho do vídeo, com as moças carrancudas exigindo seus "direitos" com aquele mesmo espírito da turma que reclamou que o bolo oferecido pelo prefeito não dava para encher o balde. Mas a choradeira foi complementada hoje por colunistas como o Quifuri e a Lacombe.
A final seria no Uruguai e a Conmebol a transferiu para o Paraguai? Que horror! O estádio estava praticamente vazio? Culpa da falta de divulgação dos corruptos dirigentes que não apoiam as dedicadas meninas, jamais do desinteresse do público. O presidente do clube nem apareceu por lá? Boicote, boicote!
Pense nessa gente nos EUA, reclamando que não existe campeonato de beisebol feminino. Com tudo o que acontece por lá, seus lacradores não chegam a tanto. Mas aqui os caras não têm limites, querem porque querem estabelecer uma "igualdade" com o futebol masculino que é totalmente antinatural.
Para encerrar com a pergunta inicial, eu prefiro o novo craque. As cracas que encontrem outro orçamento para se grudar. Se tivermos que pagar para ouvir queixumes que eles sejam como os da Ana Maria Markovic (foto acima), para quem o pessoal não valoriza seu talento e só presta atenção no seu visual.
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