sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Como corrigir uma pesquisa

Sem esconder muito bem a raiva/tristeza com o desempenho do candidato a prefeito do seu adorado ex-presidiário, colunistas do UOL tentam explicar a diferença entre os números de Ricardo Nunes em duas pesquisas diferentes, de Quaest e Datafolha. E a culpa, acredite, é dos eleitores de Pablo Marçal.

O coach obteve 25% dos votos no primeiro turno, mas, não encontrando esse percentual entre seus atuais entrevistados, o Datafolha concluiu que alguns estão mentindo e atribuiu a intenção de voto dos marçalistas assumidos a 25% do eleitorado. Como a maioria deles vota no Nunes, os números deste são maiores no Datafolha que no Quaest, que não efetuou a "correção".

Como não lhes passa pela cabeça que os institutos estejam pegando mostras distorcidas da população, os colunistas concluem que os números finais podem coincidir com um dos dois ou com nenhum, mas ambos estão certos. Errado, mais uma vez, está o eleitor mais à direita que não responde às pesquisas com sinceridade.

E o "novo Ibope"?

Por falar no assunto, talvez você tenha sentido falta do Ipec. O falso "novo Ibope" (foi formado por ex-funcionários do Ibope, hoje Kantar Ibope) mentiu até sobre sua origem na eleição passada, mas sumiu na atual. O que aconteceu?

Em matéria do último dia 5, o UOL responde que quem contratava e contrata esse pessoal é a Globo, que este ano resolveu ficar com Datafolha e Quaest para as capitais. O Ipec fez pesquisas em Guarulhos, Belfort Roxo e cidades menores, para contratantes menores. De alguma coisa dele a Globo não gostou.

Márcia Tiburi dá o maior apoio

Não são apenas os números que o pessoal altera, os conceitos também. Traveco-terrorismo é o nome do movimento encabeçado por Tertuliana Lustosa, "cantora e escritora formada em história da arte que propõe uma metodologia pedagógica diferenciada" através de uma aula com o sugestivo título de "Educando com o cu".

Tertuliana apareceu em um vídeo que circulou nos nossos comentários de ontem, mostrando seu instrumento educativo para o público no evento "Gênero para além das fronteiras", organizado pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política, da UFMA. Tiburi adorou.

Nísia sua a camisa

Nísia também deve ter gostado, pois seu ministério estava lutando para substituir os termos "mãe" e "pai" por "parturiente" e "responsável legal" na Declaração de Nascido Vivo. O caso chegou ao STF, que salomonicamente decidiu ficar com tudo: "mãe/parturiente" num espaço, "pai/responsável" no outro.

Pelo que deu para entender, nos casos em que o pai (trans) dá à luz agora é possível escolher em que lado ficará cada parte do casal. Isso ainda não resolve as situações em que há três ou mais envolvidos na relação, mas não se preocupe que nós logo chegaremos lá.

Torcemos pela briga

Enquanto isso aparecem mais duas denúncias de assédio contra Silvio Almeida. Mas há chumbo do outro lado, pois a Rede Amazônia Negra promete enviar uma carta reclamando do descaso com que é tratada pela ministra irmã da Xatieli. O ministarado continua articulando sua vingança nos bastidores.

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