sábado, 21 de setembro de 2024

Cada qual com seu gosto

Eu tinha visto as manchetes por alto, todas revelando indignação com o sujeito que soltou o "Deus me livre de mulher CEO". Pensei até que se tratava de uma crítica às mulheres nesses cargos. Só agora de manhã, lendo a Mariliz da Folha, descobri que a mulher do caso era só a própria, ele não gostaria de ter uma esposa CEO.

Sobre o artigo da Mariliz nem é preciso falar, de repetitivo basta ela, com o discurso de sempre sobre as injustiças que as mulheres sofrem e blá blá blá. Mas para aí, querida, ele não está falando das "mulheres", está só dizendo com quem não gostaria de casar.

O cara não tem direito de não querer uma esposa CEO? Ou uma que seja dançarina de boate? Ou jogadora de futebol? Ou qualquer outra coisa que o desagrade? Você agiria da mesma forma se uma moça declarasse que jamais se casaria com um policial, um funcionário de funerária ou mil outras opções?

Essa gente tem uma ânsia doentia de controlar as preferências dos outros, não suporta que alguém não pense como eles. Não surpreende que sejam praticamente todos de esquerda, admirem o Xandão por salvar a democracia e tudo o mais. É um pacote completo, tacanho e insuportável.

Deus me livre ter uma mulher colunista da Folha.

Ou do UOL, onde escreve a tal de Cris Fibe.

Cris decidiu comentar sobre um sujeito que sai do carro e tenta agarrar mulheres em ruas da Zona Leste. Ela começa dizendo que mulheres e meninas têm medo de andar na rua e a gente só pode acrescentar que devem ter "mais" medo que homens e meninos. Mas a partir daí ela sai completamente da casinha.

Chamo atenção que estão colocando esse homem com a alcunha de maníaco. Ele não é um maníaco (...) um pária da sociedade, um psicopata. Mas ele (...) é um homem fruto de uma sociedade patriarcal. A gente, infelizmente, ainda educa os homens para demonstrarem poder e domínio sobre as mulheres (...)  O resultado que a gente vê é a violência.

(...) Ele é fruto dessa sociedade que sai do carro para pegar as mulheres à revelia delas. E cometer sabe Deus que crime, que pode ser um estupro, um feminicídio, uma importunação. Então, está me incomodando a gente chamar de maníaco, porque é mais fácil imaginar que ele é uma exceção. Só que ele não é uma exceção, infelizmente, ele é um homem comum.


O problema é que as notícias de hoje dizem que talvez a polícia não pegue o demente porque o PCC já resolveu o problema. Os bandidos e os mocinhos, os homens da polícia e da quadrilha, viu Cris? Esses são os comuns, o maníaco do carro é uma exceção, um psicopata, um pária.


Mas não dá para ter muita esperança de que a Cris venha a mudar. É mais fácil o PCC jogar a cabeça do pirado na rua e ela dizer que isso comprova sua tese sobre a educação dos meninos. Aposto que ela costuma sair para tomar umas com a Mariliz e as duas ficam elogiando o Xandão na mesa do bar: "Esse sim foi bem criado."

Nenhum comentário:

Postar um comentário