Quem apostou que a esquerda ia dar um jeito pra Michele Prado ficar de boca fechada já pode comemorar? Chutada do "grupo de pesquisa da USP" por discutir com a blogueira gorda da GloboNews, ela deixou claro que queria outra boquinha e ameaçou depor a deputados de direita quando não a recebeu. Mas depois sumiu.
Fiquei sabendo da figura na época da expulsão. Antiga militante da direita, ela tinha escrito um livro em que denunciava aqueles extremistas e havia sido acolhida como respeitável pesquisadora pela esquerda. Li trechos do livro, parecia coisa de semianalfabeto. Vi um vídeo da figura, a impressão se confirmou.
No vídeo ela contracenava com a Madeleine Lacsko, que posa de observadora isenta e tem até espaço na Gazeta do Povo, mas é umas pilantras que inventou a história do "gabinete do ódio" e nem no X do jornal aparece depois do dia em que reclamou da censura e lhe esfregaram seu passado na cara. Na GP de hoje, ela escreve:
A confiança do público nos jornalistas parece depender significativamente do papel que nós desempenhamos (...) Neste estudo (...) fica claro que os leitores tendem a confiar mais nos jornalistas quando estes revelam fatos do que quando desmentem algo que consideram falso.
Em seu artigo (aqui), Madeleine diz que os testes do estudo não envolveram ideologia e mostraram que o leitor tende a desconfiar da honestidade do caçador de erros, talvez por ser alguém que vive na sua bolha e o encara como um estraga-prazeres. Quase no final, ela escreve:
(...) a confiança do público está profundamente enraizada em uma narrativa que confirma suas crenças, mais do que em uma que as desafia. Para os jornalistas e para as agências de checagem de fatos o desafio é grande, mas essencial: como garantir que a verdade prevaleça em um ambiente onde a correção é vista com desconfiança?
Um bom começo seria parar de mentir, Madeleine. Jornalistas e checadores que criam "gabinetes do ódio", "golpe sem armas", "Maduro de direita" ou outras invencionices para justificar perseguições e canalhices podem ganhar pontos com os poderosos de plantão, mas se queimam com quem sabe a verdade e a preza.
Outro ponto é que hoje em dia o nome pode trazer mais desvantagens do que vantagens. Vinte mentiras na "internet" não afetam a confiança nesse meio, mas uma só pode acabar com a credibilidade do grande jornal ou do jornalista. Veja como você foi apresentada aqui, Madeleine, o falso gabinete do ódio está tatuado em sua testa.
E existe a obviedade ululante de que um pequeno grupo pode mentir mais facilmente do que um grande. Sem pesquisa alguma, eu lhe garanto que as notas de comunidade do X, que exigem a concordância de muitas pessoas sem contato entre si, são levadas mais a sério que o desmentido de qualquer jornal ou agência de checagem.
Publiquem suas correções por lá ou tentem criar um sistema equivalente, aberto a opiniões divergentes. O que não funciona, Madeleine, é gente como você, que foge da raia, empinar o narizinho e pensar que vai definir sozinha o que é falso ou não. Fica a dica. Manda um abraço pra Michele quando se encontrar com ela de novo.
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