América vence Olaria em jogo interrompido por pênalti duvidoso e descida de suposta aeronave extraterrrestre poderia ser a manchete da nossa grande imprensa para um evento que tempos atrás seria noticiado como Disco voador pousa em estádio lotado ou coisa equivalente.
Trump cai do palco durante comício na Pensilvânia com sangue no rosto foi a escolha de O Globo, mas de "suposto barulho de tiros" a "serviço secreto empurra Trump para fora do palco", nossos militantes de redação fizeram de tudo para não dizer que o candidato que eles detestam sofreu um atentado a tiros.
Depois essa mesma imprensa reclama da ojeriza ao seu noticiário, que nós ontem batizamos de newsfobia. Aliás, quero aproveitar a oportunidade para registrar também o termo falshot, mais direto e capaz de fazer carreira internacional do que o fakeada americana que os de sempre já saíram soltando por aí.
Uma pessoa da plateia morta e duas gravemente feridas é o saldo deixado pelo atirador (que também foi morto), mas a militância mal menciona essas baixas e não está preocupada com as suas causas, apenas com as consequências políticas do "incidente", perguntando-se se já é possível considerar que Trump está eleito.
Entre os que acham que sim encontra-se a autodenominada "putinha do PT", para quem a foto acima chega a lembrar A liberdade guiando o povo, famosa pintura de Eugène Delacroix. Para mim lembrou também os soldados erguendo a bandeira em Iwo Jima, nada mal seguir a campanha com uma mescla das duas.
Melhor ainda é a trégua que a imprensa, muito a contragosto, terá que lhe dar. É óbvio que o culpado é o atirador, mas é inevitável pensar que a sua atitude foi influenciada pela campanha de ódio e desumanização que as redações de esquerda mantêm há anos contra Trump. Agora eles terão que maneirar.
Talvez o efeito do atentado sobre o eleitorado não seja tão favorável para Trump como foi o da facada para Bolsonaro porque falta mais tempo para a eleição e as posições de muitos americanos já estão consolidadas. Mas de qualquer maneira ele deve levar mais uns votinhos para o Laranjão, o que pode decidir uma eleição apertada.
A propósito, sumiu do noticiário de hoje a história da substituição do Biden. O que é lógico porque recorda uma fragilidade democrata num momento em que o outro lado se fortalece. Pode ser que eles voltem a falar disso mais à frente, porém o tempo vai ficando cada vez mais curto. O atirador pode ter assegurado o lugar do velhote.
Quanto ao outro sumido aqui citado, nada contra o Ameriquinha, time que vi jogar ao vivo na única vez em que fui ao Maracanã - América x Vasco, Luizinho de um lado, Roberto Dinamite do outro. Pelo contrário, espero que ele se recupere e volte a brilhar. Make America Great Again!
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