Cinco anos atrás, quando o mundo se horrorizava com as girafas queimadas por Bolsonaro na Amazônia e Greta soltava o famoso "how dare you?" em plena ONU, todo político tinha que se dizer preocupado com o clima e os verdes conquistavam 74 cadeiras no Parlamento Europeu, mais de 10% do total.
Nesse período, tudo mudou. Ninguém se preocupa com as queimadas recordes da era Molusco, Greta ficou velha para o papel que interpretava, a força dos verdes deve cair pela metade nas eleições deste fim de semana e, como reclama o lacrador DW, a "pauta ambiental" sumiu da campanha alemã.
No caso das queimadas brasileiras tem a sacanagem da nossa imprensa no meio, mas essa é só uma parte da explicação. A maioria da mídia continua a escandalizar o clima, mas o fato dos políticos europeus o evitarem comprova que o pessoal realmente perdeu o interesse no assunto.
A pandemia colaborou bastante para isso, todos de repente lembraram que não estamos livres de catástrofes verdadeiras. A guerra da Ucrânia teve o mesmo efeito, principalmente para os vizinhos já acossados por problemas como a imigração descontrolada e o aumento da insegurança pública.
E tivemos a recente revolta dos agricultores europeus contra as absurdas restrições impostas pela turminha que quer "salvar o planeta" criando regras que dificultam algo básico como a produção de alimento. Se os caras não conseguem entender o que é mais importante, melhor trocá-los por quem entenda.
A derrocada eleitoral dos verdes é uma derrota para o fundamentalismo climático e seus principais incentivadores, da ONU à grande imprensa. Como aqueles loucos que andam com placas na mão, muitos destes mantêm o discurso do iminente apocalipse, mas é a sua credibilidade que se aproxima do fim.
Viagens em alta
A pandemia não foi a única desgraça do final de 2019. Dias antes de nos darem as primeiras notícias sobre o que estava acontecendo numa desconhecida cidade da China, o STF libertou o presidiário que seus integrantes haviam democraticamente escolhido para ser o próximo presidente do país.
Em mais uma coincidência, ele e a quase idosa que o visitava intimamente na cadeia estão hoje na Europa, em outro aprazível giro pelo mundo. Mas o que para nós é apenas uma safadeza, para quem vive de puxar seu saco é uma oportunidade para mostrar serviço.
Chamil Jade não perdeu tempo. Segundo o militante de redação, seu ídolo fez o sacrifício de viajar para fazer um discurso na OIT, em que, como o Kitgay junto ao Papa, defenderá um super-imposto mundial para os super-ricos. E para alertar os europeus sobre o crescimento da extrema direita.
Pois é, as previsões eram de que a direita cresceria bastante, mas com alguém desse nível chegando de repente e alertando o pessoal pode ser que tudo mude. Quanto ao imposto dos super-ricos ele está tentando, está fazendo o possível, não reclame e pague o IPVA e a taxa das blusinhas.
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