quarta-feira, 26 de junho de 2024

Tantas evidências

Tantas coincidências. Em sua passagem anual pelo evento "organizado por estudantes brasileiros" para falar do Brasil na Inglaterra, o ministro Barroso se juntou aos jovens aos quais distribuiu sua sabedoria para cantar Evidências. Mas estas talvez ainda estivessem sendo apresentadas perto dali, na mesma Londres.

Foi no Fórum da Liberdade de Expressão de Westminster, organizado pelo jornalista Michael Shellenberger (Twitter Files), em que mais de 50 intelectuais, jornalistas, administradores e parlamentares de oito países discutiram a onda de censura que varre o Ocidente com base em termos vagos como "discurso de ódio" e "desinformação".

Dois países foram usados como exemplo do que pode se tornar norma nas Américas e na Europa se os novos ditadores não forem contidos: o Canadá de Justin Trudeau e, principalmente, o Brasil, em que pessoas não eleitas como Barroso criam regras próprias e a repressão aos "dissidentes" já atinge níveis assustadores.

Os participantes se mostraram particularmente chocados com a morte de Cleriston Pereira e a extensão da prisão de Débora dos Santos, mãe de duas crianças pequenas cujo crime consistiu em pichar a estátua que representa a Justiça, escrevendo com batom o "perdeu, mané" com que Barroso ofende quem não votou em seu candidato.

Não há nenhuma surpresa nisso, os casos são absurdos. O alarmante é que eles mal sejam mencionados pela maioria de nossos políticos e pela totalidade da nossa "grande imprensa". Ou que parte dos brasileiros se deixe conduzir por essa imprensa cúmplice e defenda essas violências contra cidadãos que nenhum perigo representam.

Também por isso é importante que a situação brasileira se torne conhecida no exterior e os estrangeiros a vejam como aquilo que ela é: o teste de um modelo repressor inédito em vários sentidos, que forças poderosas impulsionam nos bastidores e políticos mais à esquerda tentam internacionalizar.

Uma curiosidade é que os participantes do Fórum conseguiram identificar 2019 como o ano em que houve uma mudança de patamar, com uma ofensiva a favor da censura em várias frentes e em nível global. E eles não mencionaram isto, mas 2019 também foi o ano da pandemia. Coincidências ou evidências?

Três coisinhas para encerrar

O Tratado das Pandemias, conjunto de "leis globais" que os burocratas anônimos da OMS estão tentando aprovar (para salvar as pessoas, é claro), contém medidas para "combater desinformação falsa ou enganosa, inclusive pela promoção da cooperação internacional".

Combater o "ódio" sem se sentir na obrigação de explicar o que entende por isso também é política de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, poderosa burocracia que atua como um poder transnacional, sobre a qual os próprios eleitos do Parlamento Europeu têm influência limitada.

Um dos participantes do Fórum da Liberdade de Expressão ligou a CIA a empresas de fachada e pessoas que, juntamente com o Departamento de Estado e de Justiça dos EUA, formariam uma rede de influência em torno de Alexandre de Moraes e seu núcleo de combate à desinformação no TSE.


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