segunda-feira, 6 de maio de 2024

O aquecimentismo já quer faturar

As enchentes ainda estão castigando o Sul e já tem gente querendo faturar com elas. Entre estes, os mais desinibidos são os que procuram mostrá-las como prova de que o clima está mudando e, portanto, devemos calar as vozes contrárias e entregar nosso destino aos sábios do aquecimentismo global.

O discurso é fundamentalmente malandro porque o clima SEMPRE MUDA. Nós já tivemos eras do gelo, eras de degelo, décadas de frio excepcional ou de grande calor. E sempre teremos pequenas variações de curta duração. As verdadeiras questões são outras.

Uma delas é: estamos, como defendem os aquecimentistas, no limiar de uma mudança mais profunda e catastrófica? Não é possível ter certeza, mas nada do que está acontecendo indica isso, nada é novidade. E mesmo que a temperatura aumente como eles preveem, é difícil dizer se isso causará mais mal do que bem.

E a pergunta mais importante é: a possível grande mudança é causada pelo ser humano e pode ser evitada se ele alterar hábitos de consumo, modificar a matriz energética e coisas do tipo? A resposta quase certamente é NÃO, pois as alterações do passado NÃO FORAM CAUSADAS POR NOSSAS AÇÕES.

O mundo congelou um dia e esquentou milênios depois, submergindo um terço do que seria a Europa. Um excepcional El Niño causou a seca que destruiu as civilizações da Idade do Bronze. A explosão de um vulcão lançou cinzas que trouxeram anos de frio congelante a todo o planeta. O ser humano não compôs nenhuma dessas músicas, apenas dançou de acordo com o ritmo de cada uma.

Para afirmar que o aquecimento previsto pelos fundamentalistas é decorrente da ação humana você teria que saber quais fatores causaram os aquecimentos do passado e comprovar que eles não estão presentes agora. Isso no mínimo, pois ele ainda poderia ser causado por outros motivos extra-humanos.

Naturalmente, os altos sacerdotes da seita sabem disso. O que lhes interessa não é "salvar o planeta", como os fiéis acreditam, mas adquirir poder político absoluto e centralizado - de preferência a nível internacional, imune às desagradáveis escolhas das massas que votam de vez em quando.

No seu mundo ideal, qualquer atividade pessoal ou empresarial passaria pelo crivo de seus burocratas e poderia ser tratada como uma ameaça ao sacrossanto futuro do planeta. Ainda haveria eleições e as pessoas poderiam escolher seus governantes, desde que entre candidatos previamente homologados por esse sistema.

Indícios disso não faltam. Mas você pode encontrar provas mais diretas em países como o nosso, hoje governado por aquecimentistas. Pegue o exemplo do próprio Sul, onde todos os anos há enchentes. Se eles realmente acreditassem no que dizem já teriam construído novas defesas contra elas ou, pelo menos, estariam defendendo a sua construção desde que tomaram o poder.

Mas não fizeram nada lá ou em nenhum outro lugar. E nem farão. Eles nunca passam do discurso. Apenas repetirão que é necessário fazer, como se só pudessem dar início a alguma obra prática se a sociedade antes se entregasse sem ressalvas em suas mãos. Querem um poder político absoluto, isso é tudo.


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