Essa sim seria uma boa legenda para a imagem acima. Não por ser de esquerda ou de direita, mas por manter a relação correta entre os personagens. Há alguém condenado a um pesado castigo por algo sem gravidade (como quem a fez imagina que foi a invasão do prédio). E há pessoas más que querem que ele sofra injustamente.
O pessoal do Boulos acertou (segundo a ótica deles) ao apontar a inflexibilidade de quem defende que bandido bom é bandido morto. Mas se atrapalhou todo porque essas mesmas pessoas jamais considerariam Jesus como um bandido. Ninguém o consideraria. Exceto eles, que o chamaram de bandido.
Claro que dá para entender o que eles tentaram fazer. Eles é que não entendem onde está a falha de sua comparação. Mas isso é típico dessa gente e nós cansamos de ver exemplos disso por aqui. Eles não organizam os dados, apenas os jogam em qualquer ordem para tentar validar seus sentimentos ou desejos.
Golpe ou contragolpe?
A história de que Jango e alguns companheiros estavam por transformar o Brasil em algum tipo de país comunista tinha fundamento ou foi apenas uma desculpa utilizada pelos malvadões para acabar com a nossa pujante democracia? Nada como perguntar aos próprios esquerdistas.
O antropólogo Roberto da Matta estudava numa universidade americana e tinha animadas conversas com os colegas brasileiros sobre a transformação do nosso país. Alguém disse que havia estourado uma revolução no Brasil e eles vibraram, imaginando que o povo havia saído às ruas e tomado o poder da burguesia.
Era 1964, não dava para digitar as palavras no Google e saber os detalhes do que tinha acontecido, eles foram comemorar. Só no outro dia, quando leram os jornais, é que souberam que a revolução havia sido do outro lado.
A TV Cultura tem um excelente documentário sobre a Guerrilha da Serra do Caparaó. O depoimento dos envolvidos, quase todos militares de esquerda que desertaram para repetir no Brasil o que havia sido feito em Cuba poucos anos atrás, deixa claro que eles estavam se reunindo na região muito antes de 31 de março.
Quando a Redentora estourou eles azeitaram as armas e esperaram, disciplinados, as ordens para reagir. Estas deveriam vir de Cuba, mas quem as transmitiria por aqui era o governador Leonel Brizola, que estava foragido. Organizando os demais núcleos, eles imaginavam; escondido sob a cama da mãe em Carazinho, diz a lenda.
Mudanças, revoluções
Ressureição ao pé da letra não é todo dia, mas ressureição como símbolo pode ser. E não apenas em termos espirituais. Em qualquer aspecto da vida é possível, embora talvez difícil no momento, crucificar o antigo para ressurgir num patamar mais elevado. Feliz Páscoa para todos.
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