Um índio pedindo água mineral nessa época do ano? Ah, deve ser alguém fantasiado cantando a conhecida musiquinha carnavalesca de Carlinhos Brown. Entretanto, acredite, o índio quase morreu e não foi de bronquite. Foi de problemas causados pela água da aldeia, que não estava legal.
Os 700 índios das 31 aldeias instaladas nos 62 mil hectares da Terra Indígena Mãe Maria, no Pará, retiram água de poços artesianos ou semi-artesianos que não recebem manutenção adequada. E agora a água está até malcheirosa, obrigando os caciques a comprar água mineral enquanto esperam os caminhões-pipa do governo federal.
Para complicar, não dá 25 índios por aldeia de média, mas o padrão estabelecido é que cada uma tenha seu poço ou sua visita de caminhão-pipa. E deve ser a mesma coisa quando se trata de cesta básica, assistência médica dos pajés caraíbas e outras vantagens. Tudo tem que ser entregue na porta da oca.
Fantasia de palhaço
Índio sem água na Amazônia! Para começar a palhaçada, quem disse que os índios só ocupam terras em que suas tribos viviam há incontáveis gerações? Teriam seus ancestrais se instalado numa região sem água potável? Parece evidente que eles só foram para lá quando alguém lhes entregou os poços que não cavam nem limpam.
Mas o principal é que, tanto no caso atual como dos yanomamis e outros, é impossível combinar o padrão de atendimento a que os índios hoje têm direito com a sua mania de continuarem vivendo como selvagens naquilo que lhes interessa.
No mínimo, seria preciso reunir grupos como os da Mãe Maria numa só aldeia onde haveria um poço artesiano a manter, um pequeno posto com remédios básicos, um computador com painel solar e Starlink... tudo um de unidade, não de artigo indefinido.
E a culpa não é diretamente do PT porque essas bombas estão armadas e vão estourar em qualquer governo. Mas indiretamente é porque os petistas são a parte mais importante das forças políticas que, atendendo a interesses estrangeiros escusos, querem manter nossos índios dispersos e ainda lhes dar mais terras sem necessidade.
Escalpo laranja
Como um apache de filme antigo, que não podia ver uma caravana sem ter pensamentos homicidas. É assim que a foicista Lúcia Guimarães se sente em relação a Donald Trump, que ataca hoje no artigo "Primárias nos EUA mostram que falta democracia no país".
Biden é "um presidente visivelmente cansado" que "oferece políticas mais progressistas do que seus antecessores democratas do último meio século", mas "cuja popularidade teima em não refletir os benefícios econômicos da sua presidência".
Poderiam colocar outro em seu lugar, mas a ala progressista "convenceu líderes de esquerda a não sacudir o barco diante do terror de um novo mandato de Trump", "um ex-presidente popular, com sinais de demência", que "promete fascismo".
Quanto às primárias do título, Lúcia acha que falta democracia porque "todos os pré-candidatos republicanos prometeram endossar a eleição do golpista estuprador que promete desmontar a democracia constitucional".
"Prometeram", "promete", a mulher está tão enraivecida que nem se dá ao trabalho de usar um sinônimo. Não consegue mais raciocinar, só fica dando voltas nos carroções, jogando flechas que não afetam ninguém. Late, mas a caravana passa. É divertido.
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