"Eles têm duas Marilyn", diz Uma Thurman enquanto espera seu hambúrguer na lanchonete cujos atendentes se fantasiam de astros e estrelas dos anos 50. "Não, aquela é Marilyn e aquela é a Mamie Van Doren", explica o pistoleiro John Travolta em Pulp Fiction.
Pois é, a Marilyn era a campeã e ficou parecendo a única depois de ter morrido tragicamente aos 36 anos, em 1962. Mas ela tinha concorrentes como a Mamie, com quem chegou a ser comparada medida a medida por uma revista da época.
Agora nem falam muito dela, mas quando a gente era pequeno o pessoal costumava dizer que a Marilyn de certo modo se matou, angustiada com o avanço da idade que logo levaria a beleza pela qual era festejada.
Mulheres como ela não suportariam ficar velhas, era a tese. Furada, pois é claro que isso pode ser um pouco mais difícil para as moças acostumadas a ver todo mundo babando por elas desde a adolescência, mas a maioria vai se adaptando.
Esta aí a Mamie para provar. Ela continuou a trabalhar como atriz depois que a juventude se foi e, como mostra a foto à direita, aos 87 ainda era capaz de aparecer a caráter num evento roqueiro. Neste momento deve estar cuidando da sua festa de aniversário, pois completará 93 na próxima terça.
Não é a única que atingiu as nove décadas. Gina Lollobrigida morreu há um ano, aos 95. Brigitte Bardot e Sophia Loren completarão 90 em setembro próximo. Claudia Cardinalle, 85, Jane Fonda, 86, e Ursula Andress, 87, estão chegando ao time.
Uma curiosidade é que, exceto por Sophia, que tem 1,74, as outras seriam todas consideradas baixinhas para os padrões oficiais de hoje. Marilyn tinha a mesma altura da Brigitte, 1,66. E a Mamie mede apenas 1,63.
Brasil, sil, sil
Por aqui, o equivalente às divas acima seriam as vedetes como Íris Bruzzi, que completará 89 dez dias depois da Mamie. Vinda de outro tempo, Íris chocou o mundinho politicamente correto ao confessar, poucos anos atrás, que adora casacos de vison e não está nem aí se vão matar os bichinhos para fazê-los.
Para completar, Íris também já contou o que aconteceu durante uma turnê pelo país com seu amigo, o humorista Castrinho. Um dia, numa cidade qualquer, eles beberam todas e ela se jogou na cama do hotel e apagou. Acordou se sentindo dolorida, meio estranha. E aí se deu o seguinte diálogo com o ocupante do quarto ao lado:
- Castrinho, você me comeu?
- Comi, ué. Se eu pedisse você não ia dar, aproveitei que você estava desmaiada e mandei ver.
Castrinho, que além de tudo é antipetista, sentiu que podia sobrar pra ele e correu a dizer que era mentira. Mas a Íris, que continuou sua amiga, contou tudo às gargalhadas. Hoje seria aquele drama para o abuso e aquela choradeira para os bichinhos. Está provado, o silicone acaba com o bom humor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário