sábado, 20 de janeiro de 2024

Quando os psicólogos enlouquecem

Uma alta corte decidiu que o CPO tem o direito de me condenar a um campo de reeducação (...) capitular para burocratas mesquinhos e a turba woke desorientada ou perder minha licença profissional (...) a guerra mal começou. Não há nada que vocês possam tomar de mim que eu não esteja disposto a perder. Cuidado. Sério. Vocês foram avisados.

CPO é o Conselho de Psicólogos da Província de Ontário e as palavras são de Jordan Peterson, psicólogo e escritor canadense. A "alta corte" decidiu que, embora ele não tenha violado lei alguma, órgãos regulatórios podem limitar a expressão de profissionais da área. O que abre espaço para uma censura muito pior que a estatal.

A humilhante reeducação a que Peterson, professor emérito na Universidade de Toronto, deveria (deverá?) se submeter envolve o uso das redes sociais. E os "crimes de expressão" que o CFO sustenta que ele cometeu são realmente terríveis. Vejam:

Em maio de 2022, o monstro se referiu a uma capa de revista com uma modelo obesa dizendo: "Desculpem, isso não é bonito. E nenhuma quantidade de tolerância autoritária vai mudar esse fato."

Comentando a transição de gênero da atriz/ator Elliot Page, o psicólogo ousou afirmar que "um médico criminoso removeu seus seios".

E sua homofobia não para por aí. Já em 2017, ele criticou a lei que acrescenta "expressão e identidade de gênero" aos Direitos Humanos, cuja inédita "expressão compelida" pode levar à prisão um canadense que se recuse a utilizar pronomes inventados por ativistas identitários.

Para piorar, o CFO também o acusa de conduta agressiva contra membros do governo Justin Trudeau e - por ironia, para um julgamento concluído em meio a um inverno particularmente rigoroso - de divulgar opiniões que contestam o aquecimento global.

O que está acontecendo?

De onde saiu toda essa loucura? Como é que as imbecilidades woke conquistaram tantos adeptos e acabaram por se transformar em leis? Sim, pode haver um grupo manipulando todo o sistema, mas como é que um número tão grande de pessoas passou a tratar essas aberrações como normais e o normal como aberração?

Ontem nós comentávamos a história do golpe das velhinhas com Bíblia. É uma situação similar, durante quase um ano a mídia tentou vender essa imbecilidade e quem a contestava era censurado e ameaçado. Porém, com todo o nosso analfabetismo e ignorância, apenas 18% dos brasileiros compraram a idiotice.

As barbaridades woke são piores. Mas prosperam com mais vigor justamente em países com população mais educada e mais acostumada ao exercício da democracia que a nossa. Mesmo considerando que os defensores dessas agendas vão se infiltrando aos poucos, presume-se que boa parte de seus compatriotas concorda com elas.

Parece que alguém descobriu um defeito na mente coletiva e passou a explorá-lo. E, pelo exemplo do Canadá, não podemos nem contar com os psicólogos para tentar descobrir onde ele está.

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