O assunto que "quebrou a internet" ontem foi a divulgação de um "vídeo íntimo" do Gianecchini, o Reinaldo que se assumiu. O autor da gravação foi um seu amigo (também íntimo, suponho) que alegou ter tido seu celular hackeado por pessoas muito baixo astral, que não transam e querem incomodar quem transa.
A questão é que esse era "o assunto de que todos estavam falando" e é provável que você só tenha sabido dele agora. Eu só soube ontem, depois das 23 horas, quando dei uma passada no X da musa Nina Lemos e a encontrei horrorizada com o acontecido, que na sua cabeça se juntava aos suicídios do PC Siqueira e da Jéssica.
Vou dar um crédito pra Nina, todos têm direito a acertar de vez em quando. Ela tem razão quando sustenta que é um perigo a mídia e as redes ficarem batendo nesses assuntos nessa época do ano, quando os suicídios, que crescem alarmantemente no Brasil e no resto do Ocidente, tendem a crescer ainda mais.
Feita a menção, li também a crítica da bela aos jovens que ofendem e desqualificam os "boomers" (a geração pós-guerra, que engloba até quem nasceu em meados dos anos 60) nas redes. Isso é etarismo, adverte Nina com seriedade ao entrar numa conversa em que as pessoas são divididas por gerações com nomes próprios e se comportam de acordo com elas, mais ou menos como os comunistas fazem com as classes sociais.
E repete-se o fenômeno. Eu nunca vi, e duvido que alguém aqui tenha visto, um membro da geração X (ou Y, ou Z) soltar um "cala a boca, boomer" num comentário de internet. Apesar do oceano ser o mesmo, os peixes que formam volumosos cardumes nas águas de Nina são completamente desconhecidos nas nossas.
Naveguei mais um pouco por lá. Tinha vídeo de uma "famosa influenciadora" jogando a amante do marido da lancha. E tinha mais, muita conversa, muita fofoca, muita gente. Dava a impressão de que a revista Contigo tinha tomado conta do mundo e imaginei que nossos antigos amigos noveleiros estavam lá no meio. Mas eu não conhecia ninguém.
Quase ninguém. De vez em quando aparecia a quotista Flavia Oliveira para reclamar que a mídia beneficia Bolsonaro ao criticar seu filho pela rachadinha, inha, enquanto do Nine critica(va) o Petrolão e o Mensalão, ão, ão. Aparecia o Marcelo Rubens Paiva para elogiar a perspicácia da amiga, o Xico Sá. Mas eles eram exceções.
Deve haver milhões de pessoas que se agitam nesse mundo em que coisas como a tal Choquei são importantes. E a gente, dividindo o mesmo espaço, nem imagina que isso está acontecendo. Centenas de milhões não imaginam enquanto se dividem também em mundos próprios, cada um ignorado pelos demais.
Para agravar o quadro, fiquei sabendo que o Edward Snowden declarou que há uma civilização avançada vivendo no interior de nosso planeta e que ela é a responsável pelos discos voadores. A teoria é antiga, mas teria ele encontrado provas de sua veracidade num dos arquivos que roubou? Não ficou claro, mas essa seria outra dimensão da existência com a qual só temos contatos eventuais.
E, como possibilidade, ainda há os ETs. E as outras dimensões de verdade, que nossos sentidos não conseguem captar como não captam o sinal do wifi que usamos através de aparelhos. Quem garante que não convivemos com outros grupos de ondas em que seres inteligentes se dividem em suas próprias tribos sem suspeitar de nossa existência? Tudo pode ser mais complexo do que parece.
Nenhum comentário:
Postar um comentário