Nem se sabe o que aconteceu antes, pois só conhecemos a versão da parte que filmou a reação da gordona "portuguesa de raça" no aeroporto. Mas isso não foi problema para o gordão brasileiro, que tomou as dores da compatriota e respondeu que Portugal deveria devolver o ouro que nos roubou.
O argumento é idiota porque na época nós éramos uma coisa só, nunca houve um Brasil sem Portugal. Pedir o ouro de volta seria o mesmo que separar nosso atual território em dois e o Brasil do Sul exigir a devolução dos valores que durante décadas foram drenados para os estados deficitários e mal governados do Nordeste.
Mas o principal problema é que o gordo de cá é um desses maus governadores que vivem do dinheiro vindo do Sul/Sudeste e da manutenção da pobreza e da ignorância do povo que continua a elegê-los. Quer dizer, foi até ontem. Agora, no desgoverno saído das urnas do TSE, ele é nada menos que ministro da Justiça.
Feita apenas de cabeça quente ou reveladora de um sentimento consistente, a declaração xenofóbica da portuguesa é uma questão pessoal. Um ministro dizendo que outro país nos roubou é uma imbecilidade que só não deve ter maiores consequências porque ninguém dá muita importância a anão diplomático.
Seguidores de ideologias totalitárias e acostumados a ofender e ameaçar impunemente quem lhes desagrada no plano doméstico, os membros do desgoverno esquecem que a truculência de coroné nordestino não funciona fora da fazenda. Pelo contrário, gera uma aversão que acaba por se estender aos brasileiros como um todo.
Pouco ou muito, a possível animosidade do português médio contra os imigrantes brasileiros só pode aumentar com uma declaração dessas. E o ministro não é um caso isolado dentro do desgoverno, que depois não entende por que os brasileiros sempre ficam na fila para sair da Faixa de Gaza.
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Está certo que o comunista não tem poder para prejudicar a portuguesa e nem está querendo fazer as imagens mostrarem o que não mostram, mas, cá entre nós, para que se meter em bate-boca de aeroporto sem nem saber ao certo qual foi o problema? Como diria o filósofo Joaquin Teixeira: Isso é papel de um ministro?
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Aproveitando a deixa do dino, quem é o colonizador/explorador e o colonizado/explorado nos dias de hoje? Entre os estados do país, não há dúvida alguma. Como foi dito acima, os mais ao sul trabalham e sustentam os demais, que mais recebem da União do que lhe repassam em impostos.
Entre os cidadãos é só ver quem predomina nesses dois tipos de estado. Quem sustenta o país são os eleitores de Bolsonaro, que constituem a quase totalidade dos responsáveis pelo agronegócio, a imensa maioria dos empresários de todos os níveis e dos profissionais mais necessários e qualificados.
Mas quem agora manda no país é uma elite corrupta que se baseia no apoio eleitoral dos analfabetos e se utiliza de uma mídia vendida para tratar os "bolsonaristas" às patadas, como súditos de reis despóticos, cidadãos de segunda categoria que devem continuar lhes dando seu ouro sem direito a nada. Somos uma colônia.
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