terça-feira, 31 de outubro de 2023

Mexeu com uma e tocou violão

Uma guerra estourando no mês em que ele ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU. Era a chance de dar a volta por cima depois da vergonha de fingir estar lendo para não encarar o ucraniano, a oportunidade de mostrar-se uma liderança internacional, séria e responsável, daquelas que ganham Nobel.

Só que foi como aquele jogador que o destino faz entrar de repente na final... para a torcida descobrir que o técnico tinha razão ao nunca escalar. Sem contar com as passadas de pano da imprensa nacional, o sindicalista malandro mostrou-se ao mundo em toda a sua incompetência, limitando-se a propor planos inexequíveis e repetir platitudes de miss antiga.

No fim não conseguiu nem retirar as duas ou três dezenas de brasileiros que estão na zona de guerra, seu resgate foi de turistas que aguardavam em hotéis de Jerusalém e agradeceram a viagem grátis ao prefeito de Sorocaba. E terminamos o mês com seu MST enviando, via FAB, toneladas de comida para os terroristas do Hamas.

Mudança de comando

Mas não vai melhorar muito. Talvez até piore. O próximo país a presidir o Conselho de Segurança é a China, que, embora esteja longe de ser um anão diplomático, tem seus próprios problemas com regiões ocupadas e parece mais interessada em deixar o incêndio dos outros rolar do que em apagá-lo.

A propósito, quem assumirá ao mesmo tempo a presidência do Conselho de Direitos Humanos é o nosso democrático Irã. E no comando geral da entidade continua o português Antonio Guterres, figura patética que certamente nos brindará com mais discursos catastróficos ao estilo Greta.

A ONU acabou. Não houve nenhum estrondo e é sempre bom ter um local para tentar dialogar, mas, na prática, dela resta pouco mais que uma ONG lacradora que tenta impor normas de comportamento aos países americanos e europeus enquanto é solenemente desprezada por africanos e asiáticos.

Mulheres

Falando em lacração, cadê os protestos feministas contra o Irã, onde mais uma menina foi morta por não usar véu? Pois é, não tem. Nem vai ter, pois o Irã não é muito diferente do queridão Hamas e ambos são inimigos dos EUA e de Israel. O feminismo é um departamento do esquerdismo internacional.

Pelo mesmo motivo, não veremos reclamações contra a China, cujo governo acaba de declarar que a orientação do partido mudou e agora as mulheres devem ter mais filhos. Cadê a ministra irmã da Xatielli, os direitos reprodutivos, as minhas regras do meu corpo e todo aquele arsenal argumentativo?

E contra o Taxad, que ontem, com outras palavras, mandou uma repórter lavar sua louça? Ah, se fosse alguém de Bolsonaro. Hoje nossas colunistas não falariam de outra coisa. Até seu gosto pelo violão seria visto com uma tentativa de domínio sobre o corpo feminino que é comparado pelo patriarcado a um mero instrumento e coisa e tal.

Uma coisa temos que reconhecer: os esquerdistas sabem mandar uma mulher calar a boca como ninguém.



Nenhum comentário:

Postar um comentário