Entre filhos, netos e bisnetos, ela poderia ter festejado seus 94 anos no último Dia dos Namorados. No entanto, não chegou nem a ter um. Não por doença ou acidente, mas pelos motivos que sabemos e nunca entendemos bem. Como pode? Como alguém é capaz de fazer algo assim como se estivesse carimbando um documento?
Parte da resposta é simples. Quem fez isso foi manipulado por líderes criminosos que, num crescendo, o foram convencendo de que era necessário censurar opiniões divergentes, realizar detenções arbitrárias e, finalmente, matar pessoas. Ou melhor, matar não-pessoas, pois os inimigos do regime não contam como gente.
Não é um apanágio dos nacional-socialistas, seus concorrentes de outras vertentes socialistas pensam da mesma forma. Há poucos anos, aqui do lado, a ditadura cubana, inspiradora das quadrilhas e demais ditaduras do Foro de São Paulo, fuzilou dois coitados cujo único crime foi tentar fugir da ilha-presídio.
Foi naquela vez em que o Saramago percebeu que havia sido enganado a vida inteira e rompeu com o regime de lá. Antes tarde do que nunca. Mas o velho escritor português foi uma exceção. No Brasil, no nível que vai do babaca que se acha intelectual ao larápio que se orgulhava de nunca ter lido um livro, a norma foi a aprovação.
E continua sendo, que ninguém se iluda pensando o contrário. Esses dias mesmo, numa entrevista que anda por aí, um deles, Elias Jabour, disse com todas as letras que os "regimes revolucionários" têm o direito de matar pessoas. Seus chefes o puniram? Que nada, lhe deram um cargo de assessor da presidenta do banco dos Brics.
Outro deles, Breno Altman, escreveu (print abaixo) que parte dos brasileiros deve sentir o mesmo "terror do Estado" da era Stálin. Foi abandonado pelos colegas que se escandalizam com que não usa máscara? Imagina, é tratado como pensador e assina artigos na Folha e no restante da imprensa dominada por esse pessoal.
Esses dois não são exceções, são a norma dos nossos socialistas. E eles não vivem no passado, vivem hoje e deixam claro que pretendem impor suas ideias no futuro próximo. Só não o fazem de imediato porque não têm poder para tal, mas caminham para lá através de seus comparsas na imprensa, no judiciário e na política em geral.
Implantar uma censura mais ampla é parte decisiva desse projeto, não apenas para calar os adversários, mas para atrair o cidadão-gado, que, não afetado por ela porque incapaz de pensar por si mesmo, a defende para se sentir parte do poder que obriga os demais a viverem no seu baixo nível.
Mais importante ainda são as prisões arbitrárias, precursoras diretas da eliminação de não-pessoas. É verdade que nós ainda não temos campos de concentração do estilo clássico, mas já temos, num país em que criminosos cruéis mal ficam na cadeia, as prisões políticas de brasileiros indefesos que não oferecem perigo para ninguém.
Cidadãos idosos, desarmados, cujo único crime foi entrar num prédio público aberto pelo GSI petista, estão presos há quase meio ano. É um teste. E você vê que eles estão avançando quando encontra algum cidadão-gado zombando do sofrimento dessas pessoas que nada de mal fizeram contra ele ou ninguém.
Quer dizer, pessoas não. A zombaria, que não por acaso dá o tom da risada demoníaca dos filmes, é a prova de que ele desceu ao estágio que seus manipuladores queriam e já as considera não-pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário