segunda-feira, 22 de maio de 2023

Tontos


Começo da noite, passei pelo SporTV e peguei o Rizek anunciando que os próximos assuntos seriam os absurdos contra o Vinícius Júnior e a "declaração do Inter". Assisti aos comerciais à espera do segundo tema e, muitos minutos depois, desisti depois de só ver o primeiro, tratado em tom melodramático pelo woketista.

Militante como é, Rizek conseguiu dizer que tão grave era o caso que o presidente havia deixado seus importantes afazeres na reunião do G7 (!) para comentá-lo, o ministro da justiça (aquele da censura) havia feito o mesmo, e não sei quem da liga espanhola pertencia ao partido Vox (o que para o global é um crime).

Sobrou até para os colegas da imprensa espanhola, que estariam tentando falar do jogo e tratando o caso como um detalhe menor. Para a imprensa argentina, que já teria feito capa racista no Olé. E para ele mesmo, pois, "um branco nunca saberá o que é racismo".

Bem, é mentira. E nem preciso ir longe para saber, basta o meu microcosmo. Uma vez nosso time entrou num campeonato municipal e eu tive a oportunidade de encarar pelo menos um time com torcida, majoritariamente preta, que zoava a branquitude dos adversários.

E por que zoava? Porque é isso que fazem as torcidas, procuram participar do jogo e desestabilizar de alguma maneira o adversário, não é por acaso que os times consideram uma vantagem jogar em casa. O woketista devia se informar como era o futebol antes da TV, como ainda deve ser nas quebradas.

E ele devia se perguntar também por que, com tantos negros na Espanha, só o Vinicius sofre esse problema. Se o fizesse descobriria que isso é como apelido de escola, quando mais o cara se importa e reclama, mais o chamam do que ele não quer.

"Ain, você é raciste e quer culpar a vítima?" Não sou. Só acho que, pelo menos enquanto o ministro e o presidente do Rizek não nos censuram, é melhor falar a verdade inteira. Racismo é prejudicar o cara, prendê-lo, impedi-lo de assumir um cargo porque as vagas são reservadas a quem é de outra cor e coisas do tipo.

Esse negócio só prosperou porque o Vinicius, criado a leitinho de pera desde os dez anos de idade, não percebeu que não estava na lacrolândia brasileira (bem pior que a espanhola) e passou a exigir que as arquibancadas se calassem.

Palavras proibidas

Um detalhe é que os espanhóis, ao invés de "mono, mono", passaram a gritar "tonto, tonto". O som é parecido, mas parece que chamar de tonto não é ofensa. E agora, o que os woketistas defenderão? Que devemos começar a criar listas de palavras proibidas porque a intenção dos torcedores seria dizer outra coisa?

Esse é mais um dos problemas que a censura defendida por gente como o Rizek enfrentaria. E a "solução" dessa turma nós já sabemos qual é: deixar que sábios woketistas decidam a cada ponto o que é criminoso ou não. Eles não querem punir atos, mas palavras e alegadas intenções.


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